Os Desafios dos times de Inovação Aberta nas Empresas
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Muito bem! Considerando que a área de inovação aberta nas empresas é uma novidade, uma tendência muito forte natural das empresas para os próximos anos, eu queria que vocês me falassem: Quais são os principais desafios e qual que é esse perfil efetivo dos profissionais desta área? A gente pode fazer uma conversa aqui, tá? Não precisa, necessariamente, todos responderem de tudo, aquele que se sentir confortável. A gente vai trocando ideias aqui para ser bem fluída a nossa conversa. Quem gostaria de começar?
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Bom dia, mais uma vez então agradeço o convite aí da Alana, nossa vencedora, até do segundo ciclo de aceleração do Programa de Aceleração Banritech, do Banrisul, agradecer a Laís, o Guilherme, Marcel, Marcellus pelo convite. Bom, para a gente pela característica até do Banrisul, é uma empresa de economia mista. Então a gente é uma SA, mas também o nosso maior acionista é o governo. Então, a gente tem alguns regramentos tanto em nível da indústria financeira que regramentos internacionais, alguma, uma basileia nacionais, Banco Central, até chegar também no estado, o Tribunal de Contas. Então, para nós um desafio, consegui alinhar o nosso desejo de desenvolver uma inovação aberta, nata, digamos assim, com esses empecilhos, aí que cria questões legais, nos impõe. A gente já vem há alguns anos nos primeiros passos nesses últimos dois anos, teve então dois ciclos de aceleração de startups, teve o apoio da tecnopuc, ali em Porto Alegre. Foi um primeiro momento de a gente se aproximar um pouco e então, ter esse apoio de universidades, essas conversas com o terceiro setor e outros atores do ecossistema, hubs de inovação, até mesmo outros bancos, para sair daquela caixa fechada, até que desenvolveu uma solução a partir de uma necessidade do negócio e desenvolver a solução só em casa. Até antes desse ciclo de aceleração, a gente já vinha trabalhando também com a questão da transformação cultural.
A gente fala muito de transformação digital, mas ali no banco nos últimos cinco anos, a gente vem também com apoio da Mackenzie. A gente foi desenvolvendo essa questão de nossas soluções focadas no que os clientes querem, por ser uma indústria tradicional bancária e regrada também, não é? Durante muito tempo, a gente desenvolvia soluções, achando o mercado ia querer. E quando falo muito tempo, nos últimos vinte anos. Eu sou da área de tecnologia, me formei em computação. Então, a gente até pouco tempo atrás até as metodologias. Ela tinha que passar muito tempo analisando e projetando sessenta, setenta por cento do teu tempo, para depois desenvolver alguma coisa e entregá-la no fim. Hoje em dia não, avalia a necessidade dos seus clientes, enfim, e faz pequenas entregas, faz alguns ajustes e já valida se está certo ou não.
Então, nesse cenário aí a gente está começando agora a entender as possibilidades de conseguir encaixar. Então, essa característica a gente tem que conseguir desenvolver dentro de casa, e, com o apoio então de startups, seja no programa de aceleração, seja em outros eventos, como esse, o pessoal já citou o Caldeira também. A gente encontrou Alana em vários momentos ali em Porto Alegre. O técnopuc no Caldeira. Alana, e outros atores, outras startups, para irem contribuindo de uma troca legal que acontece também, que aconteceu mais fortemente nesse programa de aceleração, é que a gente tem essa conexão, que também os painelistas falaram antes aqui, essa troca de percepções entre as startups e vários colegas no banco de várias áreas do banco, áreas de negócio, áreas de tecnologia.
A gente tem dois papéis ali dentro do Programa de aceleração que é o Advise e o mentor, o Advise era como se ele fosse o padrinho ou a madrinha da startup e o mentor é aquela opinião mais especializada, vertical sobre alguma carência, algum tema que startup esteja desenvolvendo. E nessas conversas, aí vai tendo muita troca, muita colaboração, muita como a conexão com o que falaram. Isso acaba gerando uma sinergia que beneficia as duas partes, a startup beneficia esses colegas dentro do banco e acabam beneficiando as duas estruturas. O Banrisul acaba crescendo e aprendendo a startup também. E mais ou menos é isso que a gente está, esse momento, que a gente está em termos de inovação aberta no Banrisul.
[00:05:22]
Perfeito! Penso que o que você trouxe tem muitos dos primeiros painelistas falou, e a importância dessa dica para quem deseja empreender, que é o que você reforçou, não dá para a gente fazer o que a gente acha que é legal e bonito e vai ser bom. É ouvir o mercado, entender qual o problema que a gente vai resolver, não é? Foi muito legal você trazer esse reforço deste público tão jovem que nos acompanha aqui hoje. Muito obrigada pela sua consideração! Por favor, você ia falar Luiz.
[00:05:48] Luiz
Eu ia complementar aquilo que Eduardo trouxe e apresentando um pouquinho da Ace a Ace é uma empresa que investe e constrói novos negócios. E em dois mil e dezesseis a gente percebeu uma demanda do mercado para trabalhar nessa parte de consultoria de inovação. E criou a Scorps que então desde dois mil e seis, a gente vem ajudando empresas na estratégia de inovação e na criação de programas que conexões com as startups. Então, eu acho que é um ponto que Eduardo trouxe que vale a pena reforçar aqui para o time de inovação é muito importante que eles têm habilidades de navegar entre as empresas e consegue conversar com áreas diferentes para mostrar a importância das conexões com startups ou das conexões com universidades, e conseguir que o programa realmente tem a adesão do público ao validar ainda a empresa. Então acho que esse é um desafio e que o pessoal de inovação passa todo o dia.
[00:06:40]
Perfeito. Laís, posso perguntar qual o papel do time de inovação aberta? Já que eu sei que você é expert em ter esse olhar para esse time, conta pra gente!
[00:06:51] Laís
Exato. Eu acho que o papel principal do time na de inovação aberta traz essa conexão com o ecossistema de inovação. Então, ele sempre tem que estar presente, perto esse relacionamento com uma corporate ou com um agente de conexão dessa inovação. Então, é muito raro no mercado ter startups que tem um time de open innovation. Eu sou líder da Alana, então a gente criou um time para isso, onde a gente faz esse mapeamento desses conectores, agentes da inovação, as corporações que lançam diversos desafios no mercado porque às vezes não consegue solucionar o problema. Então é muito mais fácil, é custo mais barato, mais rápido jogar no mercado esse desafio, lançar para startups, para elas resolverem e ter um relacionamento, se conectarem para criar novas soluções e ajudar todos os problemas. E aí, a gente criou este time com o objetivo de fazer essa conexão, startup empresas, startups sistema, projetos. A gente está aqui com o PAC com elite o entre vinte e um de Blumenau, então a gente fomenta. Acho que o principal, o objetivo desse agente inovador é unir todos numa só rodada e vamos colaborar juntos. Então, acho que esse é um dos principais motivos do agente inovador. É um desafio. Eu sempre falo com o meu time, a palavra desafio que vai ouvir muito, porque todo dia tu tem que estar ali buscando coisas novas para inovar dentro e fora da companhia.
[00:08:28]
Muito bom. Isso não pode ser só no conhecimento técnico, não é? Acho que diz que os precisa ser uma grande aliada, para com que a gente se torna inovador. Como foi falado no primeiro painel, não só de criar ideias, mas as vezes de aproveitar o que já tem. Não adianta ter uma mente aberta para ideias e pela tecnologia, mas quando um colega se aproximar de mim, eu fico no computador, assim e falo: "Pode falar, estou te ouvindo.". A colaboração precisa ir em todas as camadas. E qual que é o perfil, na opinião de vocês, do profissional que normalmente trabalha nessa área? E, se puderem compartilhar, quais são os maiores desafios dessa nova formatação que vocês percebem no mercado?
[00:09:08]
Acho que um ponto interessante destacar sobre o perfil, como eu comentei ali, tem que ser uma pessoa que saiba negociar. Então, tem que ter um perfil analítico também para conseguir identificar o problema, entender um pouquinho das hipóteses que a empresa pode trabalhar e de desafios. Assim, eu entendo que é transformar as dores das áreas oportunidades reais de serem melhoradas, não é? Acho que isso, se deixar só com as áreas que não estão acostumadas com o relacionamento com startups,não estão acostumadas com relacionamentos com outros atores. Pode ter um problema de comunicação ali, que no final vai acontecer um desengajamento ali, por falta de comunicação. Então, acredito que a parte de comunicação assim está alinhado com os outros atores é bem importante.
[00:09:55]
Ah! Vou me apaixonar por ti, porque eu sou professora de oratória, respiro comunicação. Aliás, eu falo no meu trabalho que setenta por cento das dificuldades das empresas são relacionadas a problemas de comunicação, não é? Aquele e-mail que vai e vem quinhentas vezes, aquele WhatsApp que poderia ter sido otimizado, aquele áudio de doze minutos que poderia ser um de dois e meio com uma comunicação fluida. Muito bem. Você gostaria de complementar?
[00:10:22]
Aproveitando a provocação: Um tempo atrás, setenta por cento era uma margem grande dos projetos, falhavam por problemas de comunicação também, não é? Hoje em dia melhorou muito, eu acho que é uma das coisas, então, eu trago como qual seria o perfil, as habilidades aí desses profissionais hoje em dia. A gente fala em soft skills, a gente fala em questões socioemocionais, mas até trazendo então um pouco de novo Banrisul numa empresa de noventa e quatro anos. Então, a gente tem muito no nosso quadro profissionais super experientes. Mas também daí, em paralelo com uma resistência à mudança. Uma cultura de modelo de trabalho também, pouco mais engessada. Mas a gente consegue também, através de exemplos, modelos e o que eu trago também, a gente fala muito da cultura, ágil hoje em dia. A gente notou que um tempo atrás, os projetos falhavam muito por diversas questões e a gente aprendia na academia, aprendia o mercado nos dizia que era para aquele jeito de trabalhar e a gente não revisitava isso.
Em um tempo atrás teve uma revisitação, não é? O pessoal do Scrum, do Lin nos trouxe, aí demonstrou com exemplos onde a gente errava. Então acho que hoje é isso aí de saber a avaliar o que já aprendeu e tem abertura para para mudar, para se conectar. Eu acho que tanto essa aproximação aí seja de colega para colega, de setor, para setor, a empresa, para a empresa pode ter aquela colaboração. Uma competição que a gente comenta também. Não é porque são competidores, sejam nas suas atividades, seja no seu nicho de negócio, que não podem colaborar e de uma forma, uma sinergia os dois crescerem junto. A gente enxerga, por exemplo, que comentaram aqui também, São Catarina, se for ver provavelmente tem vários competidores aqui, mas como um todo, a soma deles está se tornando um polo de inovação, um polo tecnologia, um polo industrial. Aqui a gente vê um cenário parecido começando a se desenvolver no Rio Grande do Sul também, não é? Então, é ter essa abertura para colaborar, para se conectar, para cocriar, para colaborar, para para se conectar e se comunicar.
Então até voltando, então a palavra chave que vocês trouxeram, não é muito fácil, isso aí também não é. Acho que tanto quando te fala "ah! Foi implantada o Agile então empresa em tal setor" ou "Foi implantado a transformação de tal" não se implanta cultura. Então, ela se cria aos poucos, não consegue baixar uma chavezinha lá e dizer: "Oh! Muda de uma hora para outra, ou setor inteiro ou uma pessoa". Então acho que a partir de exemplos e também trouxeram no primeiro aqui painel, a educação e treinamento vão mostrar para essas pessoas os benefícios desse novo formato de pensar e sempre avaliar, de sempre questionar como se está trabalhando, de forma a avaliar o processo. A gente fala muito em melhoria contínua ali no jail também. Então, eu acho que é um pouquinho essa questão. Tem que ter essa abertura. O colega falou também ali antes, sobre não ter receio de se conectar, de conversar com as pessoas, chamam no LinkedIn, chama no teu lado, aí, mas a gente é um pouquinho mais inseguro quanto a isso. Então desenvolver essas habilidades também podem facilitar muito. Esse profissional a trabalhar num ambiente onde vai ser desenvolvido a inovação, seja disruptiva, seja uma inovação mais gradual e as escamas, ou menos por aí.
[00:14:11]
Não só completando aqui, a fala do juiz e do Eduardo, concordo plenamente. Acho que o perfil do inovador ele tem que ter uma comunicação, uma abertura de pensamento e quais as possibilidades eu posso conectar a minha solução, a minha ideia com algum agente, algum comunicador, então é basicamente isso. Acho perfil analítico, essa comunicação, a gente inovador, ele tem que estar o próximo e tem que estar com o relacionamento ali, em comunicação boa com esses agentes. Então, fora nessa inovação aberta é pensamento aberto, não é? Mil possibilidades que tu pode criar e ele tem que ter esse perfil, não é?
[00:14:55] Suzana
Entender que não necessariamente a gente nasce ou não com aquilo, que é uma habilidade que a gente pode fazer as pazes, que não é o que vem, não é? Muitas pessoas enquanto fala: "Ah, Suzana! Queria tanto me tornar uma oradora!", uma hora vem. Falei: "Comunicação não é uma a pombagira que desce sobre você, é uma habilidade que precisa ser treinada", a gente fazer as pazes com as vezes. Essa dificuldade que a gente tem, sempre me apresento com uma "stchonga". Porque eu perdi muitas oportunidades no mundo corporativo e quando entendi que comunicar o que eu desejo, me conectar as pessoas no detalhe é o que vai fazer a grande diferença. Alana, eu queria aproveitar e perguntar para ti, como a gente sabe - e para os nossos convidados também. Como é que a gente sabe que o time de inovação aberta está gerando os resultados corretos para a organização? Tem alguma coisa em detalhe que a gente pode olhar e contribuir com as pessoas que estão aqui?
[00:15:48]
Sim, no exemplo da Alana, no time de ver esse resultado. Por exemplo, hoje estar aqui vários parceiros, aqui presentes voluntariamente, aqui querendo falar sobre inovação aberta, um tema super recente no mercado. Então, eu acho que esse resultado de hoje é o que a gente está construindo já há uns seis meses, com o PAC já faz um ano. Então, o resultado de hoje essa nossa gente conseguiu ter um relacionamento, mas para outras outros exemplos é de exatamente isso. Esse relacionamento, esse parceiro te ajudar não só financeiramente apresentando comercial para outras possibilidades, mas sim, vamos colaborar juntos. Vamos fazer um evento juntos, vamos conversar sobre isso, trazer mais outras pessoas, projetos, vamos comentar coisas. Então, acho que isso é o resultado essencial. Assim, muito interessante de se ter com os parceiros.
[00:16:54]
Por favor, fiquem à vontade.
[00:16:57]
Muito boa a pergunta, porque às vezes tem uma frente, uma iniciativa de inovação e daqui a pouco até define algumas métricas, alguns QRAs, equipe reais, mas eu acho que o sucesso é muito mais na linha. Concordo com com que ela trouxe também, né, em nota a que as pessoas envolvidas nessas iniciativas, elas já começa a ter outra motivação. Aquilo ali vai se disseminando na cultura da empresa, além do banco Banrisul, eu uso como exemplo, então até para trazer isso para vocês, ficou nítido com como o mindset das pessoas começou a contagiar. Haviam os eventos do BancoTec havia Banrisul presente. No caldeira, o pessoal citou também é uma iniciativa muito bacana que aconteceu em Porto Alegre. Então foi muito legal, todas essas iniciativas aí.
[00:18:13]
Possa complementar aqui também, que eu acho que tem um conceito interessante, que se aplica mais talvez a CVB é o Corporate Venture Building que é o innovation accounting. Basicamente, é a contabilidade para inovação. E quando a gente vai trabalhar com projetos que estão nascendo, não faz sentido a gente botar uma métrica financeira ali naquela primeira etapa, porque vai acabar matando o negócio, ele precisa ser validado e precisa ser testado. Então, voltando na prática que o conceito de inovação aberta, eu acho que é interessante se tem o objetivo for se conectar com startup, quantas startups vocês se conectaram? Quantas vocês realmente fizeram negócios? Qual a percepção de valor dessa startup? Porque uma operação ruim como startup pode acontecer, duas já começa a ficar mais feio. Essa startup vai falar para as outras startups que não tem muito sentido de fazer negócios com a empresa, porque não vai trazer nenhum retorno interessante para startup. Então, uma vai falar para outra e as duas vão falar para quatro e assim vai. No final, que não está conseguindo trazer os melhores parceiros para dentro.
[00:19:17]
Penso que essa tem que ser uma motivação interna desse profissional, não é? Entender qual é o propósito dele, qual proposto da instituição é que ele está e o que ele busca esse motivo para agir. Essa palavra motivação pega, não é? Tem gente que chega a arrepiar quando escuta motivação, porque acha que a tomar Red Bull no café da manhã. E nada mais é do que quando você entende quais são os seus motivos para agir.
[00:19:44]
E só para frisar, não é? Já que tem o pessoal estudante aí também, não é? Como é que a gente demonstra que aquela iniciativa de inovação está dando resultado para a empresa? Às vezes não vai ser um resultado bom porque a gente comenta muito. Se você não está errando, não está inovando. Então as primeiras, provavelmente ondas, daqui a pouco, o aprendizado é o erro. Mas é que nem a gente comentou aqui vai, vai, vai, inflamando mentalmente as pessoas a essa cultura de inovação. Então, não se sintam e não é o ideal que já se procure acertar de primeira. A gente investe no erro. A gente comenta muito, não é? Quando a gente planeja algo ou vislumbra uma solução para um problema e dar um erro. Aquele erro tem muito valor, já sabe que aquele ali não é o caminho certo a seguir. Então, nem sempre fica tão claro, talvez então para os gestores das empresas, não é? Mas avalia então, essa questão dessa cultura que está tomando conta da empresa que, no médio e longo prazo, vai dar um retorno e um resultado para a corporação.
[00:20:52] Suzana
Se essa desconstrução que você trouxe, penso que vem lá de correntes da infância. Às vezes, enquanto a gente é ensinado desde a infância, que a gente não pode errar. E na fase adulta, nós precisamos nos apropriar de que sim, a gente precisa, não é? O medo não é de errar. O medo é de não passar uma vida inteira pensando só, como seria ser. Por isso que as empresas que entendem isso, como Alana. Eu adoro a Alana. A ALana aparece com a menina "vem amiga? vem para cá?". Alana, vou sugerir alguém batizar uma empresa de Suzana porque não, não é? A mulher cotonete de propaganda da empresa. Time de inovação aberta, vocês entendem que é só para grande empresa e para grandes problemas?
[00:21:42] Laís
Com certeza, não. Exemplo, como eu falei, a gente criou um time, não tinha isso, eu fazia toda a parte inicial. E aí a gente começa a pensar "Opa! que é isso que a gente está fazendo? Relacionamento? Vários programas de aceleração? A gente está tocando? desafios?" Opa! Open innovation. Vamos montar um time! E eu acho que não, Não é só para corporate, lógico. Eu acho que é essencial a inovação aberta está em grandes empresas, mas sim, até startups, desde early stages. Falo com muitas pessoas que têm pequenas startups ali, eu falo: "Poxa, tu faz open innovation." Só só que ainda não usam esse nome. E como eles não têm uma estrutura para pagar um time, formar um time, às vezes a a companhia não tem isso, então, mas tu acaba trazendo essa essa temática de inovação aberta. Então, não é só para os grandões, e sim, já pode implementar lá desde o comecinho para criar uma cultura já. E, quando tiver uma atração e finja ser mais robusta, enfim, pega vários desafios no mercado e tudo mais.
[00:22:54] Suzana
Perfeito. Vocês têm algo a contribuir de algum case ou não? Passamos. não é obrigado a responder todo mundo aqui!
[00:23:02]
Eu só eu só concordo com a Laís, eu acho que o porte, eu acho que não é uma métrica para dizer se pode trabalhar com inovação aberta ou não, não é? Eu acho que ela é até mais fácil, talvez quanto menor porque os riscos são menores. Para uma empresa maior, onde fala inovação aberta dependendo de onde essa empresa está situado o negócio dela, regulamentações, tem algum esforço maior para mitigar riscos envolvendo a propriedade intelectual, envolvendo dados que podem trafegar aí. Entre esses entes que estão não estão presentes nessa solução, não é? Então, por outro lado, também pode ser muito benéfico financeiramente em tempo de desenvolvimento. Para essas grandes empresas, ter essa colaboração de atores externos ao funil de solução dela, ela pode entregar um produto com com mais brevidade, com mais qualidade, utilizando se dessa inovação aberta. Porém, tem essa questão do risco sim,de propriedade intelectual, de tráfego, de dados entre essas camadas aí que estão presentes nesse funil de inovação aberta.
[00:24:27]
Só para complementar. Eu acho que o time de inovação aberta são para empresas que têm estratégia, uma estratégia de inovação bem formalizadas. Acho que, se conseguiram colocar num projeto que fecha financeiramente é interessante para a startup, acho que vale a pena a partir dessa iniciativa.
[00:24:48] Suzana
Bacana. Vou trocar aqui duas perguntas. Eu queria saber se você tem alguma dica para quem talvez deseja começar do zero, pensar nessa inovação aberta ou migrar para esta área. Que conselho vocês poderiam trazer com base na expertise de vocês de mercado?
[00:25:09]
Acho que começando aqui, a parte de conexão com outras pessoas que estão fazendo isso é super importante, porque não é uma coisa tão trivial. Eu fiz administração e não tinha uma disciplina de inovação aberta, não tinha nenhuma disciplina de inovação, na verdade. Então, eu acho que procurar contatos e começar a adentrar esse mundo. Acho que é super importante para a pessoa ter uma visão mais profunda e entender se realmente isso faz sentido para a carreira e porque ela vence de futuro.
[00:25:42]
Por favor.
[00:25:44]
Muito bem. Eu acho que é mais ou menos essa linha do Luiz. Eu acho que a pergunta...passou um branco aqui.
[00:25:53]
Tem alguma dica para quem quer iniciar que ainda não se aplica a inovação aberta?
[00:25:59]
Isso já deu uma boa, uma boa pista. Eu acho que é inserir nesses ambientes de inovação, nesses hubs, para situar também o pessoal estudante, era muito diferente, muito mais difícil no passado. Hoje as possibilidades são imensas, Então, olha o Ágora que o ambiente da para vim aqui ver palestras, nas universidades, nos hubs de inovação. Não se preocupe também a minha visão também em ficar um especialista em todas as áreas e eu vou fazer uma startup, então eu tenho que aprender tudo de gestão financeira, de contabilidade, além da minha parte técnica ou de negócios não. Se conecta com pessoas que tenham essas habilidades, procura a conversar e formar grupos aí que venham a somar um com o outro. Uma pessoa dificilmente vai conseguir ser muito boa em todas as áreas, não é? Então eu separaria um pouco essa linha de pensamento e procuraria muito mais então me conectar a essas pessoas, esses hubs, esses espaços, mas esta etapa, as empresas, a terceiro setor, tá cheio de oportunidades por aí, não é? Eu acho que é mais ou menos essa dica que eu dou.
[00:27:12]
Aproveitando para complementar também o Eduardo. Isso a gente valoriza muito aquele perfil. Que chamam de desenvolvimento de carreira, que vai ser generalista em vários assuntos, mas vai ter de uma vertical que ele vai conseguir se aprofundar e ser especialista mesmo. Então, acho que esse é um ponto interessante também de ser trazido.
[00:27:32]
Inclusive pegando o gancho do Eduardo. Eu acho que se agente inovador, ele sim tem que começar a se inserir levemente no ecossistema, participar aqui do Ágora passar, vai ter um evento. Dá uma olhada, começa a se inteirar a uma das estratégias que a gente usa no time de open innovation é estar nesses hubs, não fisicamente com uma sala, mas eu ir lá, o pessoal do meu time, lá de Porto Alegre. E lá eu falo: "Vai lá, conhece, conversa, conhece startups, as conversas com os agentes, os corporates.". E enfim, eu acho que é isso que é bem importante, está em quem quer começar a dar uma olhada nesses hubs. Eu sou arquiteta urbanista, já passei por engenharia, então nada a ver hoje em dia. Mas fui, tive uma carreira empreendedora. E aí, agora, toda a inovação também seriam. Foi pouco a pouco. Sabendo mais sobre a inovação aberta como que pode ajudar uma startup nisso? Então, acho que está presente num hub de inovação vez sobre o assunto. Acho que é um bom começo assim, de um pontapé para a carreira de inovação.
[00:28:40]
Perfeito. É processo de namorar para talvez depois se apaixonar pelo processo, não é? Mas têm que conhecer antes. Queridos, para encerrar, gostaria que vocês, se pudessem, fica à vontade para quem quiser contribuir, se puderem elencar o principal aprendizado a partir dessa experiência que hoje você vivencia da inovação aberta, dentro da estruturação que você é inserido hoje. Qual seria? Se fosse para compartilhar. Um ou dois, fiquem à vontade. Principais aprendizados que essa inovação aberta traz.
[00:29:15]
Acho que a gente já comentou um pouquinho aqui, mas a inovação aberta é trabalhar com parceiros. Então, vai fazer uma parceria e espera que os dois lados recebam alguma coisa em troca. Então, acho que quando for um aprendizado assim, não montar um programa de inovação aberta só para você e não ligar para que o outro vai receber, porque aquilo, não é? O mercado, ele vai, vai escutar, não vai ter acesso aos melhores parceiros. Eu acho que seria. Essa de pensar no "ganha-ganha".
[00:29:48] Laís
E só para puxar no "ganha-ganha", eu sempre falo isso, todo mundo sai ganhando, não é? Então eu acho que o pilar da conexão é extremamente importante. Essa troca entre todos os agentes, as startups. Eu acho que é um grande desafio que ele está passando todos, mas é um ganho em que essa conexão nos traz, não é?
[00:30:16]Suzana
Parceria, conexão e...
[00:30:18]
Parceria, conexão... e acho que o benefício de convencer as pessoas de quão bom e tudo isso aí, principalmente empresas grandes, não é? Acho que muitas vezes a gente ouve falar, não é? A gente falou aqui de empreendedorismo, mas aqueles que têm a experiência de trabalhar na empresa grande. Às vezes a gente vê um muro cultural dizendo: "Aqui em Natal, a empresa é assim esquece em querer mudar.". Então, quando a gente tem essas experiências de inovação a aberta, ela ajuda a mostrar uma visão além dos limites da empresa. Isso acaba contribuindo então, para a troca de mindsets dos envolvidos, dos colaboradores, eles começam a visualizar melhor os benefícios de rever os seus processos, de rever a forma de trabalhar, de rever os produtos e serviços aos quais às vezes, ele tem o desafio de desenvolver. Então, a inovação aberta, ela ajuda muito nesse sentido, a quebrar essa resistência cultural, que muitas empresas, aí eu acho que quanto maior às vezes pode ocorrer mais essa questão de achar que: "Não, aqui o modo off-live da nossa empresa trabalhar, não é? A todo o momento pode rever, rediscutir esse cenário, seja processos e ferramentas de comunicação, conexão, entre outras coisas.
[00:31:52]
Maravilha! Eu quero agradecer imensamente pelo tempo dedicado, pela expertise compartilhada. Tenho certeza que foi muito valor agregado.