Acelerando inovação de fora para dentro nas grandes empresas
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Bom, bom dia, gente! Eu sou Ana Paula Dahlke, sou fundadora e editora chefe do Economia SC. É um portal de jornalismo especializado em economia, aqui em Santa Catarina. negócios, inovação, tecnologia, startups e vou fazer a mediação dessa conversa. E queria começar falando sobre a importância da economia em SC nesse contexto de inovação. Ontem, lendo alguns materiais, tive o insight de pegar quantas matérias que a gente publicou nesses três anos no ar sobre inovação aberta, especificamente, então eu fiz a pesquisa lá no no portal e nesses três anos, a gente conseguiu contribuir com 228 conteúdos, dá uma média de 6 conteúdos por por mês. Então, quem quiser também contar com um portal para falar sobre o assunto, a gente está de portas abertas porque é um assunto que estamos habituados a falar, é recorrente. E queria também abrir a conversa, acho que é um dado interessante: Que inovação aberta é um conceito criado ali mais ou menos em 2003, por um professor de Harvard e o tema tomou bastante relevância nesses quase vinte anos. É, inclusive, mais jovem que eu e antes de publicar o seu livro falando sobre o conceito, ele fez uma busca no Google sobre uma expressão, Open Innovation, foi lá e fez a busca e encontrou 200 resultados na época. Aí, em 2010, ele refez a pesquisa e encontrou 13 milhões de links. E ontem, no material da Distrito, eles fizeram a pesquisa novamente: Neste ano, encontraram nada menos que 2 bilhões e 400 milhões de links sobre o tema. Então, olha como tomou proporção o assunto, principalmente nos últimos dez anos. E aí eu vou começar o talk perguntando para vocês: Porque é que as empresas buscam trabalhar com agentes externos de inovação? Qual é a motivação das suas empresas? E vocês dividem aí o microfone.
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Olha, eu acho que, na realidade, as empresas têm uma responsabilidade gigante dentro do negócio, do core business delas. Eu acho que esse é o mau entendimento que a gente, que é de fora de startups, desse mundo, vê nelas. Eu acho que quando elas separam isso, de alguma forma, estão plantando essa semente da inovação para trazer para dentro, e principalmente, o aprendizado que fica com relação à inovação aberta. Então, quando eles externalizam isso, é para não deixar embaixo do guarda-chuva da empresa. Eu acho que o maior erro da inovação é encontrar os OkRs errados, sabe? E a maioria das empresas - a maioria não - mas muitas empresas buscam isso no marketing: Botam embaixo do guarda chuva do marketing o orçamento para inovação, e eu acho que é um erro bizarro. É natural que aconteça, mas é um erro bizarro que acontece muito. Então, quando você extrai isso de muitas empresas, que montam um laboratório de inovação, é mais para isso: Para "lá", de alguma forma, poder errar, que é uma coisa que as empresas naturalmente não podem. Eu acho que a maior dificuldade que a gente tem, mais uma vez, do mundo de startup, e eu invisto em startup, é pô, a tristeza que é não poder se conectar com as empresas. Poxa, tem uma dificuldade, uma barreira enorme. Óbvio, esses caras tem uma responsabilidade gigante naquilo que eles fazem na entrega. Para mim, o modelo mais incrível que eu vi foi a Embraer-X, que fazia exatamente isso. E na Embraer você não tem como errar, sabe? Errar é deixar cair um avião. Então, o que eles fizeram é botar esse laboratório externo e tudo o que não era core no negócio, eles resolviam através da X. Então eu acho que esse laboratório externalizado, alguns vão dizer que talvez perde um pouco da essência ou que não consegue trazer o aprendizado de forma transversal, mas eu acredito muito nesse modelo.
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Bom dia, pessoal, tudo bem? Eu sou Rodrigo Leal, eu represento o Navi Technopuc onde tem um pouco de inovação em tecnologia. A gente trabalha muito forte de Porto Alegre, está aqui, não conhece e trabalha muito forte com inteligência artificial Web três ponto zero. Eu tive todas as tecnologias mais emergentes. Então, lá no hub a gente tem startups, tem corporações que participam desse hub. O Banrisul, que está aqui representado, depois a fazer uma palestra, eu só queria conhecer melhor a que público. Quem daqui é estudante? Quase todo mundo, né? Eu adoro falar para os estudantes e a pergunta que sempre faço é: quem aqui quer ter a sua própria empresa? Entendeu porque a gente precisa inovar? Estamos falando um pouquinho de inovação aberta, da importância. É exatamente isso que a gente vê hoje. Ninguém,nem a nova geração quer trabalhar como colaborador, funcionário de uma de uma organização. A nova geração quer ter a sua empresa. Então, a inovação aberta, no meu ponto de vista, possibilita que daqui a pouco alguém que tenha esse espírito empreendedor possa participar junto à empresa em seus projetos, desafios, montar uma startup, se aproximar da Alana. Daqui a pouco vai ser um unicórnio, pode falar com o Marcel, e Marcel tem um desafio. Aí eu quero começar a empreender e o Marcel vai dizer não, vem empreender comigo aqui, eu vou ter uma área e isso acaba aliando interesses. Então eu acho que a questão hoje é de vida ou morte, ter essa mentalidade de inovação aberta serve para os dois lados, Marcelo, porque Alana também trabalha muito forte a conexão com as corporações. Então, para começar um pouco do que eu penso.
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Bom dia, pessoal! Bom, primeiro eu queria agradecer a todos vocês por estarem aqui no Ágora, eu sou Altair Assumpção, o presidente do conselho do Ágora. Para nós é sempre uma honra e um prazer enorme receber, principalmente alunos e estudantes aqui no nosso espaço, então a gente fica muito satisfeito de vocês, Marcel, terem nos escolhido para hospedar o evento de vocês, e a casa nossa fica totalmente à disposição. Depois, obviamente estejam fazendo tudo por aqui para mostrar para os estudantes o que está acontecendo. A gente tem muito orgulho desse espaço, é um espaço novo, mas é um muito poderoso hoje. Poderia dizer porque com três anos de vida a gente já tem reconhecimento, não só aqui no Estado como a nível nacional e a gente faz muita diferença nesse ambiente de empreendedorismo. Temos parceiros como Tecnopuc e os parceiros Rio Grande do Sul, enfim, um dos nossos conselheiros é gaúcho, inclusive meu parceiro de conselho. Respondendo a pergunta que se fez, eu acho que, além do que você, já falaram que eu concordo. Mas tem uma coisa também: a inovação aberta está contribuindo de uma maneira decisiva e mudando paradigmas culturais. Por exemplo, a gente que mora em Joinville sempre foi patente aqui, as empresas fazem inovação para elas próprias, dentro do cercadinho delas, sem dividir com ninguém. E sempre foi assim, acho que no Brasil também era assim. E depois, com o advento do empreendedorismo, as empresas perceberam que não dava mais para fazer isso sozinhas, até porque era inconsistente, mais custoso e incoerente fazer só, então culturalmente, a inovação aberta tem um papel importantíssimo, que quebra os paradigmas do ponto de vista de que é meu, não divido com ninguém. Então, obviamente que tem desafios legais, tem outros desafios aqui, mas não tem problema nenhum. Desafios foram feitos pra gente vencer. Mas eu acho o aspecto cultural importante, aqui em Joinville, a gente tem visto isso. E tem conseguido sobrepor esses desafios. Todos vocês vão ver aqui dando espaço, um monte de corpos aqui dividindo coisas. O que a cinco, seis anos atrás era impensável. Aqui você vê Tigre dividindo espaço com a Weg que divide espaço com as Schulz. Quem sabe? Então, para a gente isso é uma coisa, como tem Florianópolis também lá na Acate, ficou ontem, lá no Rio Grande do Sul, provavelmente até na Tecnopuc eu acho que o aspecto cultural é importante. A gente está aqui também para fazer com que isso, cada vez seja mais difundido.
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Perfeito, perfeito, complementando. Eu acho que eu concordo cem por cento com as avaliações. Quando se pensa inovação aberta, é uma questão quase de sobrevivência. É um novo padrão, obrigatório, na verdade. Startups já nascem com essa questão de inovação aberta. Ela já é uma inovação aberta. Na verdade, porque pelo que ela acabou de responder, eu também não quero trabalhar para uma empresa. Então, mas estão, porém, é bem importante. Quando ela cresce, em nosso caso está crescendo, a gente não queria tudo do zero dentro de casa, só por arrogância de achar, consegue. Hoje nós temos muitos parceiros que nós trabalhamos em conjunto que já estão construindo. Então a questão da inovação aberta é uma questão de parar, de achar que a inovação é um termo muito perigoso. Na verdade é ótima, sensacional, mas é perigoso que não é um departamento. Não é uma linha de Band, das grandes empresas, até porque se esse segredo fosse dinheiro nunca teriam as empresas novas, afirma. As maiores, as várias, vamos consolidar para o resto da vida, então não pensa a galera Aqui, até comentei com Rodrigo: nosso desafio é que não quero ter mil funcionários. É como eu tenho um dos sócios, porque o grande desafio aqui é para que você quer um funcionário das nove às seis. As pessoas não querem mais isso. Ninguém aqui quer isso, mas quer se qualificar e AI, outras tecnologias mais subjetivas. O digital trouxe isso com muita força, força as empresas a adotarem, assinou um novo modelo de trabalho no modelo de cooperação. Num primeiro momento, forçadamente porque era isso. Como é mais seguida, começará cem espaços como este daqui, que são tangibilizadores de inovação aberta, eles ajudam as pessoas a se integrarem fisicamente, a conseguirem ver que nossa empesa voltou isolada. Não é um laboratório de inovação da Samsung isolado naquele canto do mundo. Faz mais sentido trabalhar em comunidade, trabalhar com o sistema. Recentemente estava trabalhando duas horas preso no Brasil, Tecnologia sonora, não isto, a gente, a custo internamente, que tem onze mil engenheiros, não vai construir por que o concorrente tem oitenta mil engenheiros? Se o ponto a força bruta já perdeu, a inovação aberta, na verdade, disse que tem alguém aqui assim como eu, mas já estivemos aqui do outro lado, falando que não estão conseguindo uma coisa que quebra pela companhia está desafiando, e não apenas isso. Que bom que a gente está vivendo uma era muito colaborativa como padrão, porque o papel inovador em sentença, inovador é o país, tem o gênio isolado, criando uma coisa incrível sozinho. Tirar esses dois mitos do gene isolado e de inovação tem que ser uma coisa tecnológica avançada, tipo um ciborgue que aparecendo aqui não é. Na verdade, a questão do gênero, na verdade, é o trabalho colaborativo, mesmo com a crise, sozinhos para trabalhar a equipe, até que resolvi e a segunda parte é as maiores, não vocês últimos dez, quinze anos, vamo lá,um prédio não é inovador, padrão, um tijolo é apenas uma ferramenta, mas o agora aqui, quando esse constrói dessa forma com esses valores, com esses parceiros, aí vira inovador. Aí trabalho, trabalho, nave, trabalhos, os parceiros, a mesma coisa. Economia tem mil portais, qual é o diferencial? Tem um propósito. Você tem um posicionamento diferenciado, porque os bytes não contam ali. Então a questão da aplicabilidade, lógico, pela galera que pega o aplicativo para chegar aqui, já existia um motorista particular,a demanda já existia. O mérito foi conectar. Então a questão das inovações, Tem que tomar cuidado sobre as a inovação, para uma coisa muito distante e na verdade é colaborativa para o padrão. E nem sempre era só tecnológica. Muito vezes é um comportamento, uma forma nova de ver as coisas e trazer aplicabilidade para as pessoas.
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Acho que até surge uma pergunta por que por sorte a gente vive num mundo hiperconectado. Então, fazer inovação aberta hoje é muito mais fácil do que dez anos atrás. Eu queria saber como vocês avaliam um cenário em Santa Catarina. Quais são os pontos fortes? O que poderia melhorar Como? Como você avalia de um modo geral? Como as cidades que têm se destacado?
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Eu acho que a gente evoluiu nesses últimos dez anos, assustadoramente. Se você pegar, por exemplo, Florianópolis hoje. Primeiro, porque tem um carinho especial. Não estou dizendo que é melhor ou pior do que a gente mais o ambiente de Florianópolis. Físico eu digo, É absolutamente fabuloso do ponto de vista de provocar a inovação, é, se você pensar no que era Santa Catarina e no que se transformou, eu acho que hoje a gente tem o privilégio de ter, por exemplo, quinze centros de inovação espalhados pelo Estado. Ou seja, deixou de ser um desejo e passou a ser política de Estado, ou seja, a lei hoje em Santa Catarina ,você incentivar o governo põe recursos nesses centros de inovação. A gente faz parte como Ágora dessa rede, eu estive em Florianópolis nessa sexta feira passada, numa reunião com todos os centros e é tão impressionante como o Estado se movimenta na direção da inovação, os quinze centros espalhados pelo Estado inteiro. Então, essas iniciativas que nascem às vezes isoladas ficam mais poderosas e fortes. Quando você as organiza a vida política de Estado, o que faz uma diferença gigantesca. Então, você consegue acessar recursos públicos, você consegue ter, digamos assim, credibilidade com as agências de fomento. Vocês do portal sabem bem disso, vocês não para estar inteiro, fazem matéria. Então isso faz uma diferença gigantesca, quando a gente compara Santa Catarina com outros estados que obviamente também estão buscando o seu espaço. Mas eu acho que a gente está bastante bem posicionado para o enfrentamento, para os desafios que se apresentam com relação à inovação, tanto do ponto de vista privado quanto do ponto de vista público também.
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Acho que isso é uma cidade, eu acho que responde essa pergunta Luzerna. Alguém conhece Luzerna? Então? Alguém sabe? Conhece? Luzerna. São três pessoas. Conheci Luzerna. É o maior número de startups per capita do Brasil. É que Santa Catarina, então, cara saber Santa Catarina, realmente é isso. Tem só dez anos com essa cultura nova. É um movimento que veio de Barcelona e deu errado. lá está dando muito certo. E Santa Catarina é um país fora do Brasil que se destaca verdadeiramente Está brincando. Carlos se a gente se o início do mais nada conseguia.
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Pegando o gancho, você está falando um dos assuntos da reunião, como é que a gente potencializa. Como é que ele se conecta mais, coopera mais no final do dia, porque no final da audiência quero dizer, se você não coopera, trabalha junto, não funciona muito bem. É preciso saber o que está fazendo em Luzerna para poder beber da tua sabedoria? Não, Mas eu digo assim que você citou não há nada mais importante que eu saiba o que acontece em Rio do Sul, Blumenau e Luzerna, em Chapecó e Criciúma, porque eu consegui contribuir mais com Ágora, a partir desse ponto de vista, entendeu?
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Eu sou de Porto Alegre, mas assim eu acho que as dores são muito parecidas,né. Porto Alegre agora tem também ativado muito essa colaboração entre governo, empresas, Academia, criou lá algumas iniciativas, o Caldeira é uma delas, não sei se tivermos a oportunidade de conhecer, mas eu vejo assim, pra mim assim o que a gente tem que investir daqui para frente, é na educação, sabe. E aqui a gente tem os estudantes, e esse é hoje, na minha visão, a grande dor aí para os próximos anos. Porque a empresa de tecnologia hoje sofre para conseguir novos talentos. Então eu tenho visto assim alguns movimentos de empresas investindo na sua própria, Vamos dizer assim, a própria XP, por exemplo, criou uma universidade que é gratuita hoje e foi quatrocentos candidatos por vaga é incrível. Então, como é que eu invisto mais, como é que eu trago essa nova geração para despertar para a tecnologia? Como é que eu invisto? Eu acho que esse é um tema importante e eu tava falando um pouco aqui de Santa Catarina, Estava vendo um pouco da história aqui de Joinville. Joinville foi constituída para ser uma colônia agrícola, e com a chegada dos imigrantes alemães, após a o início se tinha, todo um dna já da indústria, Então no final que faz isso já é um caso de inovação aberta, porque hoje é um polo fantástico aqui,industrial, acho que é o maior daqui, da América do Sul, né, o parque aqui, e então isso é muito claro, a inovação são as pessoas,diversidade, pessoas diferentes pra quem quer empreender aqui como vocês, vamos dizer assim, a dica que eu dou é:procure um sócio totalmente diferente de vocês. você um pouco técnico pega um que sabe vender. Isso é que vai gerar inovação, na minha visão.
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Para complementar, eu gostei tanto daqui, fiquei tão impressionado que eu mudei pra cá, pra Santa Catarina nos últimos dois anos. Na verdade, eu tive oportunidade por causa da Alana de visitar os vales dos serviços pelo mundo e muitos deles me decepcionaram porque o prédio era incrível, era tudo muito bonito. Mas cadê as pessoas? A trilha de educação, a gente vai resolver por meio de formação por nós mesmos, o ecossistema vai ter que formar. Realmente a iniciativa da Gesp é incrível, realmente serve como benchmarking, mas a minha minha crítica aí ela tá muito desintegrada do ecossistema, mas é porque ela tem um capital, mas aí a gente volta a inovação aberta de formação ou não, na verdade a xp e outros grupos começaram a montar um consórcio mesmo de formação porque a gente tem farmácia, tem também os jovens até dois mil e trinta, não é a educação tradicional que vai fazer isso,na verdade programas como o do PAC, vários outros eles formam justamente nessa direção, e o que você falou é verdade,né ,eu quando era moleque dezesseis anos, eu fui trabalhar, testar, aproveite e teste arrumei sócios arrumei malucos pra poder compartilhar. Sejam diferentes de vocês, porque se não fica muito difícil a ação, parece que tem um curso de Marcellus ao mesmo tempo. E sobre Catarina, na verdade o Sul do Brasil tem um potencial,não apenas o Sul,o interior do Brasil, e por mais que Joinville seja uma cidade grande,o interior comparado a São Paulo, por exemplo, O sair do óbvio que é São Paulo, quando a gente fala de investimento no Brasil é fundamental, porque a diversidade, os talentos, eles não necessariamente estão na maior metrópole lá na Capital, lá no óbvio que é São Paulo. Então, Santa Catarina, como todo, acho que o grande desafio é como que a gente tem ouvir isso la do Caldeira e do rampa em Pelotas que eu fui visitar, fiquei muito impressionado como esses, inspirados em outros três maiores, e o Ágora um desses três maiores grandes, o grande desafio é como a gente leva isso para o interior do Estado,e conecta no interior do Estado, não apenas com prédios ou sofisticação, porque isso aí talvez seja desnecessário em questão de proporção, mas a vibrante comunidade, quando pisei aqui, comparado até outros outras capitais do interior do Brasil, grandes de estados do interior, que não só a capital econômica que é São Paulo, eu fiquei um pouco decepcionado porque faltava comunidade, o prédio era grande, muito bonito. E quando vi aqui evento quase todo o dia falei "opa", o Rodrigo citou o Nave, né, o Nave não, desculpa, o Nave e o Caldeira, desculpa o caldeira é uma das coisas mais impressionantes que eu vi nos últimos tempos, porque a iniciativa privada ali trabalhando muito forte, são empresas,né, Não. Às vezes, obviamente que o Ágora tem um empreendimento muito maior, o Perini, um pouco maior nesse sentido. Mas Ágora, você olha assim, eu tô numa zona industrial será a gente abandonada pelo governo Centro, ainda assim não é deixar de lado a iniciativa do governo certo, mais ou menos a gente tem uma iniciativa muito forte, privada aqui. Então, quando a gente fala de tecnologia, inovação aberta, a gente tá falando muito fortemente de ecossistema. Não adianta. E aí a minha provocação pra empresários de startups que vão crescer né, é muito cômodo a startup captar serie a,b,c, aí abandona isso e começa a se mover para os locais e construir seu próprio prédio totalmente isolado e tem mil funcionários e acha que vai ter mil engenheiros para contratar. Ela simplesmente, não vai ter os profissionais para contratar porque ela optou por não se integrar ao ecossistema, não colaborar com o ecossistema. Essa troca não é opcional, se ela não acontecer o que vai acontecer é literalmente as empresas vão começar a quebrar porque simplesmente não vai ter profissional, Não vai ter mais ecossistema como um todo, O ecossistema vai ficar fraco, que é o que acontece muito, O comércio voltado então a outra em larga escala. O ecossistema não tá ficando mais forte, tá ficando mais fraco, ele tá enfraquecendo porque a gente não tá conseguindo formar talentos suficiente para trabalhar em todas elas. Então esse é o ponto principal de ecossistema para mim.
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Até porque a maioria aluno aqui dá um recado tá, mas o que a inovação tem a ver com a gente. Tem muito a ver com uma oportunidade de ouro. Que pena que saíram as para a aula, mas bate papo, conversa, chame as pessoas. Esse é um momento superespecial. Esse é um momento que a gente exercita inovação. Então, como conversa com o amiguinho do lado, verificam o que esse cara faz, que é nesse momento que você se conecta e vai trabalhar. Eu entendo que a gente quer montar o nosso negócio. Todo mundo quer montar o seu negócio, mas vai trabalhar com gente que inspira. Sabe, então,a empresa lá recebe um salário pouco menor. Mas é um cara ou uma empresa que te inspira através das pessoas faz isso, sabe porque a gente fala muita inovação, inovação verdadeiramente que isso serve para mim, é que faz isso, sabe? Se conecta muito. LinkedIn hoje a gente consegue conversar com qualquer pessoa de qualquer empresa, trabalha inovação através do fala com essas pessoas, porque posso passar um dia e possa escutar a história. Acho que isso, inovação principal, de que a gente fala em alunos, querendo montar o seu negócio e vai entender o que esses caras passaram, Por que a empresa está um pouquinho na moda, Mas isso é bem perigoso.
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Perfeito. Deixa eu só complementar 10 segundos. Eu fui trabalhar em startup antes de fundar startup, na verdade, empreendi com tudo na vida, tudo se puder imaginar. Mas quando decidi,montar uma startup,não entendia nada de investimento, nada de captação, que precisa de dinheiro, não apenas uma ideia. Eu fui trabalhar numa startup e crescido, ainda virei sócio dela. Não perguntei o quanto estava ganhando, Na verdade fiquei feliz que me deixaram entrar e aí depois de um tempo e a parte boa de startups para se trabalhar, quando se quer virar empreendedor, vocês vão aprender uma curva de aprendizado em um, dois anos é uma faculdade, é uma faculdade, porque você é forçado a inovar não é opcional. Não, só você não tem mil funcionários para poder competir. Você tem dez, então cada pessoa conta. A gente tem um jovem aprendiz que eu acho que deve estar na aula que a gente contratou por meio do evento do ano passado. Ele esta voando, eu sei o que ele faz, eu sou CO da companhia, eu sei com o projeto ele tá. Eu sei qual é a avaliação de performance dele, então, eu sei qual o pdi dele está crescendo. Então eu acho que só complementando aqui o que estou que eu acho que a gente quer empreender tem essa questão. Eu nunca na verdade quis ser CO, não faço a menor questão, eu auxiliar em produtos, quero construir produtos. É que ser CO foi a forma que eu consegui fazer isso. Mas nem sempre no caminho. Na verdade, o grande desafio é se todo mundo apenas empreender cem por cento. Montar um CNPJ e todo mundo for all stage . Não vai ter talento para a formação das empresas em crescimento. Então dá para empreender junto. E tanto que o Marcellus deve estar dando aula, que é meu sócio, tem pacote só para virar sócio da companhia. Tem que virar sócio e tem que crescer junto. Então, startups é uma ótima forma de se empreender junto a isso produzir esse evento aqui. A gente adora contra ex empreendedor, porque ele não deixa de ser empreendedor. Ele só teve a startup dele, não necessariamente fracionou. Vem trabalhar com a gente. A Laís, é um excelente exemplo, ela mandou cúrriculo para a gente em uma vaga horrível,não tinha nada a ver com ela, eu entrevistei ela e falei meu, você é empreendedora, inclusive ela montou Santa Catarina pra gente, eu cheguei nela e falei: olha, muda pra Santa Catarina, acho interessante, vai lá. O empreendedor tem isso, Então galera, cês tão entrando, é meter a cara, e o que se nota é que hoje está muito mais fácil. Acessível. Quem geralmente não é acessível, geralmente é uma pessoa que vocês não querem conhecer. Todo mundo é acessível. Hoje em dia, a RIC SC eu conheci porque eu era fã, um dia eu mandei uma mensagem e pedi para a equipe. A troca é muito fácil hoje em dia. E principalmente acho isso super válido, empreendendorismo é mesmo uma coisa muito séria, muito difícil ridiculamente difícil essa parte que ninguém conta. Extremamente difícil. Ninguém pode dizer que é fantasia. Está então trabalhar em startups, trabalhar em empresa Tecnologia antes de prender, vai dar maturidade muito rápida, muito rápida. Os fundadores do YouTube trabalharam no PayPal, O Elon Muske era funcionário na Paypal. Então isso dá uma autoridade muito forte para você crescer, depois. As histórias que ninguém conta.
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Acho que até então pode introduzir o resposta nesse próximo tópico. Marcelo A inovação tem esse pretexto de colaboração entre empresas, órgãos públicos e pessoas fora desse contexto. E sempre focado na criação de novos produtos e serviços. E com essa nova mentalidade, aí eu queria saber de vocês quais são as boas práticas, esse relacionamento, e qual o nível de maturidade das empresas para inovação aberta. Existe algum padrão, alguma recomendação?
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Bacana. A gente vai falar com uma coisa pouco mais avançada, muito curioso. Mesmo hoje, por mais que esteja dizendo aí, é uma discussão pouco mais empresarial de colaboração empresarial, ainda ainda as empresas ainda são muito fechadas, ainda. É uma inovação ainda muito restritiva, pedir coisa gratuita para startup. Recentemente, eu escrevi um post no Linkedin que é de graça até ônibus errado. A gente não faz coisas de graça, nunca fizemos. Uma hora que fizemos não deu certo. Então tem muita empresa grande, especialmente em alguns países. Infelizmente, o Brasil é a empresa grande, sufoca o pequeno, o tema sufoca. Então eu acho que estão de melhores práticas,tá, tem que ter um equilíbrio, uma relação muito mais equilibrado. Começa pequeno, mas tem grandes parceiros, inclusive todos os ecossistemas. O Ágora, o pessoal do trabalho em startup, era do Navi que vai ajudar para caramba. Então, que tem o programa de agente de inovação, que são tradutores e não só montar um "ah! Vou montar um sistema de pitches de startup", Aí a startup vão lá, vão fazer dez pitches, nenhuma vai ser contratada, nenhuma vai ganhar dinheiro, nenhuma vai se quer mudar um piloto. Então acho que melhores práticas aqui é entender que startup não é fornecedor barato e inovação externa ela tem que ser igualmente remunerada contra a inovação interna. Inclusive, ela é mais barata que a interna, se você colocar na ponta do lápis muito mais eficiência vai escalável. No nosso caso, ele estava, voltou mais um alto investimento. E quando fui escrever a tese não dá para contratar, mesmo quisesse, mesmo que quisesse contratar não tem gente suficiente para conseguir contratar nesse período. A gente vai ter que formar uma turma contratar outra trabalhar com parceiros externos, uma relação equilibrada. E esse parceiro ainda assim vai ter um custo menor, mas não para sufocar a ele não precisa disso.
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Acho que até vou complementar, já que falou das grandes empresas, que têm esse certo receio de abrirem suas portas e abraçar novas possibilidades como quebrar isso?
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Essa é divertida. Como quebrar isso? Na verdade, eu tive oportunidade, o mercado vai quebrar ela, se não fizeram isso. O mercado é rei. Então é assim, eu pessoalmente, quando como startup , como inovação eu tento eu não vou te convencer, eu tenho um pensamento muito sério. Eu forneço uma solução para um problema que você já sabe que existe. Se você não reconhecer que esse é um problema, a gente não vai conseguir trabalhar juntos, nós não vamos conseguir. Meu chefe lá, inclusive, era de Pelotas. Ele falava muito que essa concepção apresentada numa vitamina, para mim, uma aspirina a vitamina. Por isso, que a inovação é complicado. Porque a vitamina é legal, mas eu posso sobreviver, não deveria mais, posso sobreviver, a aspirinas, estou com uma dor hoje. Então eu acho que para quebrar a barreira de entrada, pode produzir teste está primeiro Você sabe o que está fazendo no sentido de você está prestando um valor, focar mais em si mesmo e menos na empresa externa na venda, porque você sabe que está fazendo relação a isso e segundo a estabelecer as regras que você muito pequeno, tem que topar qualquer coisa. Mas isso é uma hora em que se pode cometer. Se você fizer isso por mais de uma vez, duas, três ou sem estabelecer os limites e conversar muito bem com o parceiro, é fundamental. E eu tenho a teoria que é focar em coisas de longo prazo. Eu visto muitas coisas que vão demorar dez anos, quinze anos, vinte anos, eu tô nessa por um longo prazo. Então eu sei que você vai ter esse problema, daqui cinco anos a única diferença é se você quer esolver ele hoje, Ou se quer continuar sofrendo por mais cinco anos, porque as minhas regras não vão mudar. Então acho que é uma forma também de você se posicionar e você bater o que você acredita que não se corromper facilmente.
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Eu acho que tem uma outra coisa que eu gosto de falar Para os meus mentorados é assim primeiro você tem que acreditar muito no seu potencial, naquilo que se está fazendo, segundo você tem que estudar profundamente aquilo que se está fazendo e ver as perspectivas daquele negócio que você quer implementar. Terceiro, resolva um problema real. Não cria coisa porque é bacaninha bonitinha, resolva um problema real. Quando você faz isso, a chance de você dar certo é maior do que não resolvendo, e quanto as grandes corporações elam funcionam mais ou menos assim, quando mais ou menos pelo exemplo dos outros, né o cara pro lado, ve uma gigante fazendo alguma coisa que ele não faz, fala opa,o que esse cara viu que eu não vi. Esse é um caminho. O outro é exatamente provocar nele a necessidade de ter aquilo que você está resolvendo. Eu vejo muito isso. Eu sou sócio de uma gestora de Venturi Capital eu vejo muito isso das soluções que a gente traz de fora para o Brasil. Quando a gente mostra para que a gente vai visitar um banco, por exemplo, que a a gente tem aqui o sistema uma startup que vai ajudar muito a resolver o problema de segurança de dados, por exemplo, ficar falando "a gente não precisa disso, a gente já sabe tudo, ninguém invade aqui nosso sistema gente, isso é bom pra caramba nesse troço!" Deixa a gente mostrar como é que faz aí, de tanto insistir o cara deixa, a gente vai lá e invade o sistema do cara. A gente não né, a startup. Ele fala "Puxa vida mais cara, como vocês fizeram isso? Pois então, do jeito que a gente faz, outro podem fazer. Então a solução que a gente quer, um problema você talvez você nem sabe que você tenha, entendeu Manter muito da arrogância do grande, ele é muito arrogante. Ele acha que ele sabe tudo resolve tudo e não tem problema nenhum. E você também tem que ser humilde até certo ponto. Mas tem que mostrar que ele tem fraquezas também. Que essas fraquezas são absolutamente passíveis de ser resolvidos por um pequeno que está começando agora, que enxergou alguma coisa que ele grande não enxerga, porque a gente sabe disso. Você que investidor sabe disso que quanto maior, Mais lento é, quanto maior, mais burocracia tem. Então, às vezes eu fico preocupado quando alguém disse a fulano de tal gigante tal compra startup A , falo puxa, citou mapa, dentro, acabou, vai acabar a startup. Então a gente tem que tomar um pouco de cuidado com isso e um terceiro digamos assim, a terceira coisa, que eu acho que é extremamente importante para quem quer empreender. Entenda de pessoas tem uma máxima que diz que se você não entender de pessoas, você não entende de negócios, porque pessoas fazem o negócio andar. Então invista um tempo quando vocês tiverem criando a sua startup, entender um pouco de gestão de pessoas, entender um pouco deste universo, que é absolutamente fabuloso, desafiador, mas que é fundamental para que o empreendimento de vocês dê certo.
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E a tua pergunta foi como é que uma indústria ou um grande corp me tornaria um pouco mais inovador? Isso eu eu eu traria para perto de mim um bando de filho da mãe que fosse contra tudo o que eu falasse. Sabe que o tempo todo tivesse discordando aquilo que eu acreditasse para poder ter essa provocação. Eu acho que a maior da dificuldade dessas grandes empresas é que todo mundo concorda com esses caras. Então, e aí, a isso não. Infelizmente, não traz uma provocação dessa. Então tá tudo certo aqui dentro. Pode ficar tranquilo, então vamos ter que hackear. 'Pô' porque board inteiro, tá dizendo que tá certo. Como é que vocês, uma criança tão dizendo que tá errado. Então eu acho que eu traria para perto de mim um bom, um monte de gente que eu odiasse, mas que tivesse sendo contrário aquilo que eu pensasse. Eu acho que isso traz uma super inovação. Não me apresentei eu sou investidor anjo desde dois mil e onze. E o que mais vejo isso? Não, esse impacto de um monte de gente jovem. Eu só fiz isso porque eu encontrei três caras dez anos mais jovens do que eu, e eles eram muito mais inteligente do que eu. "Cara, me dão um pedaço desse negócio compra e eu não tinha nem dinheiro na época, eu faço em dez vezes" e aquilo foi surreal. Eu passei dois anos eu vendi por cinco vezes mais aquela empresa. E foi incrível tempo. O dinheiro foi incrível, mas o aprendizado foi bizarro. Então, pra mim eu me cercaria,de gente que não concorda comigo, se eu fosse empresa.
[00:35:54]
Legal, boa, eu acho que hoje, hoje como você, comentou ali, no início, a ideia da inovação aberta, ela já tá muito mais presente hoje em termos de metodologias. As corporações já entenderam como trabalhar melhor em startups. Muitos executivos que tocam a área de inovação aberta nas corporações hoje já foram empreendedores. Acho que isso é um se eu fosse um CO de uma corporação eu contrataria um ex-empreendedor para tocar essa área, porque ele sabe como se sabe conversar com as startups. Vejo também muito COs que tem tomado a frente da área de inovação. Inovação aberta responde diretamente para onde tem, tem funcionado melhor e também acho que como falou Marcel, as startups também tem que entender um pouco lado das corporações. Às vezes não é um momento de àquela corporação, tem a vontade, mas não é o momento de entrar por várias questões. A gente comentou Aqui elas são mais devagar, mas eu vejo muitas vezes o negócio vai acontecer daqui a três anos, Então não se deve fechar portas. Então eu acho que esse aprendizado foi potencializado também pela pandemia. Então antes queria fazer uma conexão, tinha que pegar um avião,ir pra para São Paulo às seis da manhã. Quantas vezes eu fiz isso lá quando era empreendedor né, e para fazer uma reunião e voltar no mesmo dia, né, hoje pega, hoje ninguém faz isso. Então, até para empreender hoje é outro outra velocidade, né? A gente consegue abrir portas com as corporações, ninguém quer fazer mais reunião presencial. Então, acho que eu acho que vai ser muito rápido essa quebra. E existe uma questão cultural. Mas mas os próximos cinco anos vai ser meio assim, feijão com arroz e todo mundo vai estar fazendo. Já vai estar no dna das corporações, as startups já sabem como lidar com as corporações. Acho que isso é questão mesmo de tempo.
[00:38:08]
Acho que até um gancho para uma nova pergunta: Se você, na experiência de você, sentir alguma diferença em relação à pandemia, se a inovação aberta antes era alguma coisa e depois da pandemia é outra?
[00:38:22]
Posso comentar só em cima do MN. É um termo desconhecido, é quando uma startup é comprada por uma empresa, e o processo da MN é rídiculo,é bizarro, é errado. O maior valor da startup, não necessariamente ao produto ou os clientes, é o time, são as pessoas. O que acontece todos, mas quase todos da MNs que eu participei oficialmente o cara é chutado para fora da startup, então ele tem um Arnaut de uma saída vinculada, algumas metas de dois, hoje aumentou um pouquinho para quatro e cinco, mas cara um maior poder que aquela empresa teria para trazer separado, beleza. Mas a maioria traz para dentro e aquele poder incrível some e o cara é chutado da própria startup. Então, o processamento de MN cara, se não tiver um bom reajuste, novo, ele não vai ser eficiente. E eu acho que não está sendo eficiente,vou para de falar. Eu acho que a pandemia acelerou.Não Exatamente o que tu falou, a pandemia deixou A gente muito mais, muito menos distante. Então,hoje a gente não precisa mais quatro da manhã, no meu caso, quatro da manhã. Acordar porque moro em Blumenau e tem que ir pra Navegantes. Pra pegar quatrocentos e setenta, uma br maravilhosa, e aí? Eu acho que isso para conseguir acelerar a gente começou a se entender que pô eu consigo falar com aquele cara, a gente tá com uma startup nova agora a Hybri de Jaraguá e ela tem todo o potencial para ser global, o que estou fazendo? Estou achando caras incríveis nos Estados Unidos, principalmente pra poder validar lá, o processo. Cara e sim, uma semana, um trabalho de anos, de teste validação, internacionalização, então,meu, hoje bizarro a velocidade. Então meio que vem na nossa cara, sabe isso a pandemia trouxe.
[00:40:08]
Eu acho que a pandemia trouxe uma coisa que pra mim foi fantástica, que é ensinar a gente a ser mais eficiente. A gente achava que era super eficiente, nada disso agora a gente, eu, por exemplo, ia para São Paulo, toda semana ficava dois dias, tem três, quatro, tem cinco, veja, na pandemia, acho que fui uma vez, não precisa ir, acabou ponto. Então assim a gente aprendeu muito com a pandemia nesse sentido, Em que pese ter sido o evento estar sendo um evento ruim, sob todos os aspectos, mais trouxe para a gente um ensinamento, de que eficiência não era aquilo, que a gente achava que era né,e isso pra startup, que conta, conta dinheiro faz uma diferença enorme. Vocês ir duas estão São Paulo não ir e passagem aérea de curso de hotel, de hospedagem, translado etc. E tal tem uma diferença gigantesca do budget e a eficiência não é não deixar nada a desejar. Você fazer uma conferência, computador, você está presente há, só que em determinadas situações que você vai ter aqui, mas enfim, deixa para o final quando foi para fechar o negócio, aquela coisarada toda para ensinar a gente a ser muito mais eficiente.
[00:41:20]
Eu acho e nós que estamos no sul do país, afastado de São Paulo, onde tudo acontecia, acabou essa vantagem competitiva que eles tinham. Então, isso era um problema, porque tinha que montar time de vendas em São Paulo, Imagina hoje em dia não tem mais isso,né fantástico. Isso para quem está mais afastada, eu vejo a tua visão de buscar os ecossistemas mais no interior. Faz todo o sentido porque hoje, antes, todo mundo queria, tem que tar lá no Cubo, no nova braia. É lá que tem que tar hoje, não precisa mais isso, hoje eu posso estar em qualquer lugar do Brasil, do mundo. E aí a qualidade de vida que a gente tem né pra cá é muito boa. Então eu sou de Porto Alegre. E eu tô morando em Florianópolis agora tomei essa decisão aí essa todo, gaúcho aí, nasce já querendo veraneio em Santa Catarina, que é que a gente chama, veranear, passar.
[00:42:25]
Quando se traz pro lado da qualidade de vida. É uma sacanagem. Você competir com Floripa né. Confere para já está tentando trazer o mar mais pra próximo, não tá dando certo, entendeu?
[00:42:40]
Eu queria complementar são só os dois pontos ali. A questão da aquisição de startups, tem muita empresa que chama isso de Inovação aberta. A área de inovação é a forma, na verdade, de você cobrir o trabalho inteiro que você não fez nos últimos dez anos, interno e externo, né. E você não quis trabalhar com aquele parceiro no começo e por isso vai pagar quatrocentos milhões. Depois de cinco anos, vai matar ele, muitas vezes. A integração de produto não vai funcionar, porque é a pior de todas. Você vai ter lay offs porque invariavelmente você vai ter sobreposição de talento. E poucas empresas, e um cara que faz isso muito bem, por exemplo,é a Google, que pega em early stage, early mesmo: O Android, ele comprou um irrisório sessenta milhões de dólares na época, mas ele investiu mais quatro anos, centenas de milhões de dólares para transformar o Android no que ele é. Ele contratou a equipe, na prática: Os quarenta empreendedores que estavam ali. A Deep Mind, que talvez seja um dos maiores players de AI do mundo, é um grupo de sessenta pessoas, foi um valor irrisório a aquisição. Mas eles queriam, como eles queriam trabalhar com AI, o Google tá botando um bilhão de dólares para trabalhar, não para o meu bolso. E aí a aquisição funciona.
[00:43:02]
E aí quando a gente fala de aquisição tem de tomar cuidado porque é muito interessante. São duas coisas que eu acho um pouco quase perigosas. Gente muito grande, empresa muito grande que nunca trabalhou com startup, mas manda currículo pra startup quando ela cresce, eu desconsidero. Eu desconsidero porque ela não soube pessoas que já trabalharam com as startups em corporate tem uma experiência absurda, absurda sobre você consegue trabalhar com os dois lados, as equipes da corporate e a velocidade está também são unicórnios, São pessoas assim, difícil achar um enorme talento para o médio e longo prazo que dá para trabalhar com inovação e startup dentro de grandes corporações. Dá e essas são umas das áresas mais cresce a área de inovação aberta. Alana tem uma área de inovação aberta, é um time. Tecnicamente eu sou só uma startup de early stage. Isso aqui é muito interessante, com uma visão de médio longo prazo. Então a questão da aquisição Acho muito interessante como uma força bruta para crescer, bater número insustentável e ninguém deveria comprar o baixo produto ali, vai desmoronar se as pessoas em três, quatro anos. Então, a questão da aquisição, uma coisa bem ao critério da Alana que ás vezes as pessoas, pensavam: tô numa jornada muito médio longo prazo com o Marcellus, se a gente tem energia para ficar mais cinco, dez anos, então a cada dois anos tem uma dr mais intensa para aplicar essa energia para aguentar muito mais tempo a gente discute muito de que, se a gente fosse vender a companhia um dia, seria para alguém que consegue cumprir a nossa visão de uma forma que não conseguiria ser aqueles recursos a gente nunca vender apenas a companhia como produto para ela ser morto em dois anos, que é o que geralmente acontece. E a segunda coisa da questão a pandemia muito triste de verdade, como como sociedade. Mas se acha muito evoluído né como sociedade teve de vir uma pandemia para melhorar muitos aspectos da nossa vida. Para primeiro,ter uma autorreflexão, né sobre qualidade de vida, Alana remoto desde primeiro dia, por necessidade, eu não vou gastar em cadeira de escritório,eu não preciso de uma cadeira de escritório para ter uma idéia.
[00:45:55]
O economia SC também.
[00:45:56]
Na verdade, é curioso quando a gente foi montar o primeiro escritório da Alana, a pandemia veio um mês depois, isso é pra apanhar. Eu já ia botar pequenininho, que são os pequenos hubs que a gente acredita que são pontos de conexão, você não precisa de um escritório para trabalhar, a gente nunca acreditou nisso, não. E quando se é uma startup você precisa pegar talento de onde você puder, pois a questão do sair do óbvio de São Paulo sempre teve muito o nosso core, porque a gente não tinha grana, não tem estrutura, eu preciso. Você quer trabalhar comigo não me importa onde vocÊ tá, é totalmente irrelevante. Então a questão da pandemia é muito interessante. Mas aí que tá o problema também, que isso traz algumas empresas retrocederem quando fala do trabalho presencial de volta como obrigatório em algumas empresas, parece que a gente não aprendeu nada. Algumas empresas, esqueceu muito rápido, não foi algo temporário na verdade. Produtividade for tratar a pessoa como um robô a nossa não é substituir pessoas. Mas ela não fazer o trabalho das pessoas que elas não querem fazer que não menor potencial criativo do ser humano. E trabalhar como a coworker que lado a lado. Potencializar o que o ser humano é de bom. Então, quando a gente fala assim de o sujeito falar tanto até que acabou aqui a bateria, quando a gente fala de trabalho presencial, quando a gente fala de transformação digital foi um dos maiores, a gente está pagando o preço. Por exemplo, a adoção de AI que data a lei, que os processos ainda não foi implementado de verdade e transfusão digital não foi feita de verdade e às vezes o a empresa me procura para poder falar de Ai, daí eu falo assim, você tem um problema cultural é muito curioso. Nosso caso a gente não faz vendas quando a equipe não está pronta, porque está bom automatizou. Se está pronto para o dia dois, no dia um eu sei o que vai acontecer. Você vai ter uma mudança cultural de nacionalização. Então a pandemia acelerou uma auto reflexão, mudanças muito drásticas. Uma pena que de novo tem que ver uma pandemia para fazer isso, Mas ser humano historicamente, ele evolui à beira do abismo, nunca faz isso de maneira muito opcional, a gente está condicionada à zona de conforto. Mas eu acho interessante. Aqui. Eu acho que a pandemia para todo mundo jovem, aqui, como está a empreender ou até mesmo eu, ela potencializa o que alguns já sabiam. Mas então não sabia o trabalho remoto, talento em qualquer lugar, não importa escritório, qualidade de vida. Não importa, não vou morar em São Paulo pelo amor de Deus. Se eu puder escolher morar em um lugar, não vou morar, não faz o menor sentido. Todo mundo que mora em São Paulo, nunca acho legal assim, nossa quero morar em São Paulo, boa parte assim fala. Eu tenho que trabalhar. Eu vou trabalhar perto da minha empresa, eu topo, ficar no Metro, eu topo, ficar no carro, então é uma questão de qualidade de vida, e não apenas qualidade de vida. Quando você empreende tem que fazer Jornadas de cem horas, cento e vinte horas são insanas quando se fala em empreender. Porque você basicamente não tem equipe. Se você não conseguir descansar, não conseguir ter qualidade de vida não conseguir basicamente recarregar as energias, você simplesmente depois de um, dois, três anos, você vai desmoronar. Então acho que a pandemia trouxe uma coisa muito interessante de saúde mental, mas que, aparentemente, muitas empresas estão começando a esquecer. Mas eu acho que fica uma coisa de as pessoas vão rejeitar, as pessoas, mas então tem que tomar cuidado porque não podemos rejeitar o trabalho. O trabalho faz parte do core do ser humano. A expressão criativa, expressão do que você acredita por meio do trabalho. É uma forma equilibrada desenvolver suas ideias ou o que você acredita, então a gente toma cuidado só porque essas empresas, as pessoas, conseguem ser equilibrado nesse pós pandemia. O que vai acontecer cada vez mais, uma rotatividade muito insana. Ninguém nunca vai construir nada, nem as empresas nem as pessoas.
[00:49:48]
Bom, foi informada que o nosso tempo tá acabando e aí a última pergunta e vocês se viram nos trinta segundos cada um aí alguma recomendação ou dica final com intenção de tornar seu relacionamento com grandes empresas mais saudável? Então, da gente conseguir se aproximar mais, dessas grandes corporações
[00:50:12]
Se conecta. Eu acho que a provocação para mim se conectar. Eu acho que o meu trabalho é a hiperconexão, eu tenho podcast, meu podecast serve pra uma coisa para eu conhecer a pessoa, a história dela e ela me conhecer. Principalmente a gente fundou a SAngels, que são cento e quarenta e quatro investidores anjos numa região em que os alemão não investem absolutamente nada de terra e tijolo e podecast foi o embarque grande, desse pessoal , investe startup e isso não é golpe? Então eu acho que é isso sim. Se conectar é uma super importância. Então, para mim, cara, se você não tá se conectando, se você tem dificuldade, vai treinar isso. Eu era extremamente introvertido, vai treinar, vai treinar, vai falar a gente. Só tem certeza verdadeiramente que a gente vai viver uma vez,e a gente vai viver, conhecendo o meia dúzia de pessoas, cara, conheça o máximo de pessoas possível vai ter um aprendizado ferrado, e aí tu consegue desbloquear, porque tu conhece cada empresa que escalar chamado, entra lá. Então o vírus do mau, do bem no caso, e acontece melhora.
[00:51:18]
Bom, eu acho que eu volto no meu ponto que é a conexão é fundamental e tanto é que a gente assina aqui no Ágora, como conectar para inovar? Ou seja, participe de comunidades. Quantas mais você puder participar, se envolva agora é importante sim, para agredir as corporate, as grandes corporações, estudem, se preparem para fazer uma abordagem decente, entendeu? Porque assim pode ser uma coisa ruim, Mas a primeira impressão é que fica, então fica bem preparado, consegue fazer a primeira interação, que ela seja boa para você, e boa para a corporate, por entender porque se não há chance de você voltar muito pequeno, já vai ser difícil a primeira, o primeiro contato, então que esse contato seja efetivamente bacana para todo o mundo e que dê resultado que você espera. Então, assim estudem se preparem, invistam em vocês mesmos. E eu acho que aí a questão de tempo para que a coisa dê certo.
[00:52:17]
E aí, na questão da conexão, e também nessa questão de se preparar os ecossistemas são fundamentais aqui, o Ágora têm metodologias. Provavelmente, pra ajudar nisso programas nós lá do Tecnopuc nave, temos alguns programas também nesse sentido, então acho que o tanto pra a corporação, quanto para startups. O ambiente ideal está conectado nesses e aqui dentro desse espaço seja remoto, seja presencial,seja híbrido, acho que é o melhor caminho assim pra quebrar barreiras, gerar cultura, Eu acho que é o que tá acontecendo. acho que suas corporações estão, já entenderam que precisa estar próximas,Acho que Ágora é um exemplo aí do sucesso, instituto caldeira muito rápido também grandes corporações Tecnopuc, que já faz isso já há mais tempo e eu vejo que o ecossistema traz startups. Estamos mais o início, mas a Alana é um caso aí que mostra que startups que já estão um pouco mais adiantado também se beneficiam muito participar e então acho que é fortalecer esses espaços é fundamental.
[00:53:36]
O meu ponto para as grandes empresas, como para as startups estão mais avançadas, decidir seu papel no ecossistema. Eu acho que não dá para ser um membro que só vai sugar dele muito comum. Na verdade, então é muito incomum, na verdade, certa pessoal se estágio, porque se ele sentar, você sai, vai para outro patamar, você simplesmente desaparece. Então eu verdadeiramente acredito que isso vai dar, que faz parte do core da companhia na estratégia de crescimento dela em relação a sistemas sustentáveis. Nós não vamos conseguir crescer sem isso, é um pouco irrisório. Olhar outro COs, os empreendedores que começaram nesses ecossistemas, sabem a dificuldade. Eles acho que, na verdade, depois é só aparecer com o logo patrocinando Daqui a dez está tudo bem, tudo bem alguma coisa, mas poderia ter crescido juntos a exames de maneira mais orgânica. Eu acho que isso vale tanto para as grandes empresas quanto para já tem um compromisso um pouco maior, porque hoje em dia não é mais ignorante que tem tanto a ferramenta e tanto parceiro, então, a questão de você saber o seu papel de você decidir qual que vocês o papel antes mesmo de começar. Porque esse negócio você acha que vai ter lugar, só vai tirar dele? Você não vai ser bem vindo aqui um ano nesse local. Então tnto que o nosso evento aqui não é para vender soft de AI não é um treinamento de vendas, vocês não ver em lugar nenhum o preço. Aqui, qualquer coisa lugar, nem mesmo não vai ter cupom de na saída, porque acredito que isso daqui é a nossa forma de construção de talento mais prorrogou o prazo. Isso é tão importante quanto a própria crescimento da companhia de vendas. Então, o papel das empresas, eu vejo muia empresa, agora entrando no hype. Eu acho que é superimportante investir mais ainda exigiu muita gente errando a mão porque não decidiu. Eu tenho um compromisso, eu sei que compromisso social às vezes não parece uma coisa muito legal,mas eu tenho um compromisso com o ecossistema de seu emprego, que vai agregar para ele e aumentar o bolo, não só como um pedaço do bolo, então acho que isso é o que fica para o final, para as grandes empresas a serem mais responsáveis e para as startups em crescimento também.
[00:55:36]
Então é isso. Agradeço a presença de todos vocês e convido também vocês a participarem das outras conversas que vão estar na sequência e Brigada também pelo convite, Marcelo