#15 Estagiando em uma startup de tecnologia
[00:00:06]
Regina: Sejam bem-vindos ao Inside Alana Podcast, organizado pela Alana AI.
[00:00:18]
André: Bom pessoal, estamos aqui para mais um fireside chat no nosso Inside Alana Experience. Mais um bate-papo aqui sobre o ecossitema de startups, de tecnologia que Alana AI está promovendo na nossa nova sede que nós estamos inaugurando aqui na ACATE em Florianópolis, Santa Catarina!
E agora o papo é sobre estágio com os nossos estagiários. Estou aqui com a Juliana e com o Robert que a gente vai conversar sobre como é que é estagiar numa startup, numa scale up como Alana. Como é que é esse desafio de começo de carreira. Obrigado viu? Juliana, por você estar aqui conversando com a gente.
[00:00:54]
Juliana: Eu que agradeço.
André: Obrigado Robert!
Robert: De nada.
[00:00:59]
André: Então para gente começar nosso papo, eu queria que vocês contassem um pouquinho para quem está assistindo, para o pessoal que também está na plateia, o que cada um faz, mais ou menos, dentro da nossa startup, dentro da Alana, e também quais foram os motivos que fizeram vocês escolherem, nesse início de carreira, optar pelo estágio porque existem diferentes inícios, pode ser mais acadêmico, pode ser uma vaga júnior, mas que não necessariamente por um programa de estágio. Queria começar com você Ju.
[00:01:26]
Juliana: Bom, isso começou em uma decisão que eu tomei dentro da faculdade, eu curso Letras e eu pensei qual a área dentro da linguística que mais me interessou e foi a área de linguística computacional.
Só que dentro da universidade a gente não tem um apoio mais técnico para a gente conseguir recursos, para a gente conseguir atuar após a universidade. Então eu pensei como vou conseguir a técnica? Porque a teoria eu já consigo dentro da faculdade, e após conversar muito com os meus familiares, eles falaram para mim que eu poderia tentar um estágio, e eu pensei “ok, claro, por que não?
Acredito que eu vou obter muita experiência”. E dentre as opções de estágio, eu tinha como optar por uma startup ou para uma empresa mais corporativa.
E eu escolhi claro a startup porque eu pude perceber que, em 6 meses, eu aprendi o que não aprenderia em 3 anos em outra empresa, em outro tipo de empresa. Então, desde que eu me vi alinhada culturalmente com um estilo de startup, eu falei “é exatamente esse tipo lugar que eu quero começar!”
[00:02:39]
André: E por lá você, para pessoal conhecer um pouquinho, você atua em qual área dentro da startup?
[00:02:46]
Juliana: A sim. Eu trabalho dentro da equipe de inteligência artifical, especificamente agora eu esto na área de desenvolvimento, e atualmente, eu costumo estudar bastante, porque isso é fundamental, eu pude perceber que quando eu entrei na Alana em específico, foi me perguntado assim, que eu achei isso bem interessante, “onde você quer chegar? Qual o seu objetivo?
A gente vai montar um plano de estudos para você com base no que você quer ser”. Isso foi para mim fantástico, e atrelado ao meus estudos, eu produzo agora algumas ferramentas que auxiliam, por exemplo, algumas classificações que a gente faz, eu desenvolvo técnicas para poder produzir mais texto para reply.
Então, atualmente, eu estou mais na parte técnica para aprimorar o que a gente já tem, com uma visão linguística.
[00:03:45]
André: Legal, legal Juliana. E você, Robert, conta um pouquinho para gente, então, também repasso essa pergunta, a opção por estágio a partir dos estudos, escolher como essa carreira por pelo Programa de Estágio e um pouquinho do seu papel ali dentro da Alana.
[00:04:02]
Robert: Certo! Eu e a Juliana a gente se conhece, a gente estuda na mesma universidade, somos dois letristas, e uma coisa que a gente tinha em comum era o desejo mesmo de já entrar em algum tipo de jornada de trabalho, qualquer que fosse, a gente já tinha o desejo de trabalhar, embora em áreas diferentes.
E assim, eu acho que é um ritmo diferente do da Juliana, porque ela olhou para um objeto e ela viu que ela poderia ser, eu sentia, dentro da universidade, que eu já era alguma coisa, e eu queria ver esse conhecimento que eu vinha acumulando ser empregado de alguma forma, eu queria ser capaz de utilizar isso para poder ser competente nas coisas em que eu poderia trabalhar, nas coisas que poderia desenvolver.
Eu queria ser útil, então eu já queria muito trabalhar e a Alana surgiu como uma oportunidade mesmo, não sabia necessariamente como seria trabalhar em uma startup, eu não estava muito inserido em toda essa questão, em toda essa discussão, mas entrando em uma, eu descobri que, na verdade, o que eu conhecia tinha muita amplitude e eu pode trabalhar em muitas áreas, em muitos times, diárias não tecnológicas necessariamente.
Assim, a gente mexe com tecnologia sempre, de qualquer forma, mas em áreas que tinham a ver com comunicação, comunicação interna, comunicação externa, revisão de textos ou então implementação de um novo projeto, eu tive a oportunidade de fazer isso com coisas que aprendi dentro da universidade.
E foi muito interessante porque, estar dentro de uma startup, fez com que eu conseguisse explorar várias áreas, assim, em um período muito curto de tempo.
Então, nesse sentido, eu me enxergo muito que a Juliana disse, em um período muito curto de tempo trabalhando, eu pude experimentar muita coisa e eu pude desenvolver muito conhecimento, conhecimentos que a universidade por si só não poderia me fornecer, porque eu acho que startup tem a ver com o clima de inovação e, enfim, sempre tentar produzir uma coisa nova.
E eu acho que a gente pegar um conhecimento para poder acompanhar isso, é uma coisa totalmente diferente.
[00:06:28]
André: Legal, legal. E acho que da para gente traçar um paralelo de, nós temos assim, uma diferença também, não só de início de carreira, mas, eu comecei estagiando também, mas de geração também, eu sou um pouquinho mais velho que vocês, e eu comecei estagiando também só que no mundo corporativo em empresa, empresa de recursos humanos, na área de marketing, que é a que eu atuo hoje em dia, e era muito diferente, na verdade eu nem sabia o que era uma startup, o conceito era muito, isso foi em 2010, 2011, acredito que 2010.
Então, nem sabia o que era uma startup, o que era esse conceito, não sabia nem traçar paralelo, por exemplo, que nem vocês fizeram de “começo minha carreira numa startup ou numa corporação?”, eu nem sabia que eu tinha essa opção, então era algo muito diferente, então eu entrei como analista de marketing, como estagiário na parte de recrutamento e seleção, na parte de divulgação dos processos seletivos, fazia ali meus marketing, tinha aqui recrutar candidatos para os programas de estágio e trainee.
Mas era aquele negócio bem definido dos departamentos, eu tinha o meu papel ali, que era duas ou três funções, e eu falo isso porque, eu acompanho no dia a dia de vocês, a Juliana eu acompanho menos, porque você está mais com o time técnico, eu acompanho mais o Robert e vejo ele fazendo de tudo, desde de revisão de texto, de definição, de ajudar a gente na produção desse próprio evento que a gente está promovendo, conteúdo e etc.
E não era assim quando eu fazia, eu tinha duas, três tarefas, e quando eu concluia elas, era isso. Cabia a nós propor algo a mais e tentar se envolver, tentar solicitar esse job rotation, então assim, existe muito essa diferença, que eu acho que até as companhias maiores já estão mais preparadas para isso e sabem também dessa cede dessa geração de vocês até mais preparada acho que pela internet, pela informação e pelo, vocês vem com uma cede inclusive maior de desafios.
Então, eu acho que isso é interessante traçar, como essa diferença de geração, você queria comentar alguma coisa?
[00:08:38]
Robert: Sim. Eu acho que aí já começa uma primeira diferença, porque enquanto você disse que você tinha três tarefas que parecem que eram tarefas assim constantes de manutenção, a gente já costuma assumir projetos.
A gente trabalha em coisas totalmente diferentes o tempo inteiro, e é sempre acompanhando um direcionamento da própria empresa. Então acho que talvez seja uma diferença fundamental entre você trabalhar em uma startup e dentro de um cenário corporativo.
[00:09:07]
Juliana: Sim, com certeza. E a gente não é simplesmente qualquer funcionário, a gente realmente, como ele falou, a gente participa projetos, a gente começa participar de coisas realmente importantes, que impactam a empresa diretamente, então, acho eu acho que isso ponto extremamente positivo de uma startup.
Olha só, a gente consegue ter contato com CTO, com o CEO, não é aquela pessoa inalcançável. Então eu sinto que isso é extremamente positivo dentro da empresa.
[00:09:32]
André: Exato. As grandes corporações, um estagiário de uma P&G, de uma Unilever, ele cruza com o CEO no evento, na convenção anual, e o cara está lá em cima no palco e ele está aqui assistindo o cara falar, então assim, as empresas estão tentando trabalhar nessa aproximação hoje em dia, mas assim, é uma coisa tão distante, e a startup te proporciona essa aproximação, e acho que o Robert trouxe, vocês enxergarem projetos que vocês estão responsáveis, não só envolvidos, e verem output publicado, o output fazendo diferença no negócio, não só um pedacinho, óbvio, todo mundo aqui que faz etapas de projetos, todo mundo de líderes a não líderes, a gente participa de projetos que algumas etapas são importantes a serem concluídas, que não necessariamente são output final, mas que fazem parte do processo, mas assumir projetos.
E não é uma questão de capacidade, de oportunidade, porque talvez ali atrás, estagiários como eu e como outros que talvez não tiveram um desenvolvimento de carreira, talvez faltou a oportunidade de “está aqui, está aqui esse projeto, cuida, vamos ver o que acontece”, ao invés de “não, não, seu papel é fazer essa planilha, gerar esse relatório e entregar no final do mês”.
Acho que essa diferença, as corporações vem melhorando muito com relação a isso, mas acho que o ecossistema e muitas startups, e acho que a gente, como startup de tecnologia, e culturalmente a gente tenta trazer muito isso, não só com os processos que nós conversamos no outro fireside chat que eu fiz com o Matheus Lino e a Julia Albrecht, também que vocês podem conferir também no nosso canal.
A gente discutiu sobre isso, como os processos ajudam a cultura de alta performance aliada à questão da boa convivência, da felicidade no trabalho, de se sentir motivado a se sentir importante dentro do projeto. E aí, pensando nisso, vocês citaram, eu vendo ali um projeto, eu queria que vocês dessem um exemplo, começar por você Ju, é um projeto que você fica orgulhosa, que você gosta de ter participado ou de ter liderado enfim, de colocar um “caramba participei disso foi algo que realmente fez a diferença”.
[00:11:49]
Juliana: Na verdade eu quero falar sobre um projeto que eu estou desenvolvendo agora, que eu acho que é, com certeza de longe, que eu estou mais orgulhosa, porque eu consigo aplicar as coisas que eu estudo na faculdade por completo.
Atualmente eu estou desenvolvendo algumas técnicas totalmente voltadas para o português brasileiro de text argumentation, que basicamente, ele vai trabalhar alguns comentários, vai trabalhar o texto, e ele vai possibilitar a geração de novas frases, a gente tem algumas técnicas, alguns modelos para outras línguas, mas especificamente para o português a gente ainda não tem, claro que essas a gente consegue aplicar, mas normalmente, essas trocas, substituições que a gente pode fazer é feito de modo aleatório, e Robert, como eu, ele entende que, quando a gente fala de língua, a gente não pode tratar língua de forma aleatória, ela tem um sentido linguístico, ela tem uma fórmula, ela tem um jeito de agir, não só na língua escrita, mas a língua falada.
Dessa forma, a gente pensou em desenvolver algo que tivesse mais raciocínio, que fosse estabelecido regras. Então eu estou desenvolvendo esse projeto, ele é dividido em quatro partes, duas delas já foram realizadas, foram feitas, então estou bem feliz, deu tudo certo.
Então eu acho que isso é incrível, quando a gente pensa em algo e coloca no papel, coloca em código, a gente roda código e faz a coisa acontecer, acho que isso é extramente incrível, fascinante.
Chega a ser tão incrível que eu não tenho vontade de largar o meu trabalho. Então é bem inspirador para mim mesma, então eu fico bem feliz. Então esse é um projeto que ele está dentro do meu coração, porque eu consigo unir as duas coisas, que é o conhecimento que eu tenho dentro da universidade com conhecimento que eu estou obtendo no trabalho.
[00:13:58]
André: Legal, muito legal. Eu vejo que você olha para a arquibancada, busca olhar também do Marcellus, do nosso líder de AI.
Juliana: Sim, sim!
André: Porque é algo que vê que te toca e que você está muito orgulhosa de fazer parte.
Juliana: Sim, com certeza!
André: E você Robert, conta um case, que você tem vários!
[00:14:16]
Robert: Eu tenho alguns aí, tem um projeto que eu tenho assim, com muito carinho, e vocês até citaram, em um outro destaque aqui, que é a questão do Gather Town, que é uma ferramenta que a gente utiliza hoje, e é uma ferramenta assim voltada para a comunicação dentro da empresa, ela parece muito um jogo, ela parece uma interface assim de um game e você consegue entrar lá, você consegue interagir com as pessoas, você consegue, enfim, são múltiplas funcionalidades, eles têm salas privadas e tudo mais.
A gente conseguiu elaborar o nosso próprio escritório e, como eu entrei nesse projeto? Ao mesmo tempo em que alguém tinha que desenvolver este mapa, tinha que desenvolver este escritório, tinha que ter uma outra pessoa por trás fazendo uma documentação pensando na experiência de um usuário, pensando o que aquela pessoa deveria saber, pensando em boas práticas dentro do escritório, dentro daquele escritório virtual, porque também vão ter regras de convivência.
A gente, nossa tinha que pensa muitas coisas assim, e eu lembro que quando terminei de fazer essa documentação, eu escrevi muitas páginas mesmo, tá gente? Foram muitas coisas assim. E aí eu lembro ter terminado, de ter feito essa entrega e de receber muitos elogios, porque as pessoas que chegaram a ler o documento, elas conseguiram utilizar a plataforma de uma outra forma e ter uma experiência sim muito aproveitada na verdade.
Então assim, eram comandos que a pessoa já sabia utilizar melhor, eram formas de de se locomover pelo espaço, de explorar e tudo mais. Então é um projeto assim que eu tenho muito carinho, já passou, já faz muito tempo, a gente já utiliza o Gather como se a gente respirasse, mas eu gosto muito dele.
[00:16:19]
André: E projetos assim que ficam marcados, que a gente faz parte da nossa trajetória.
[00:16:23]
Robert: E foi legal porque, eu sendo estagiário, eu tive acesso à uma ferramenta que outras pessoas que, teoricamente estão acima de mim, em um nível de hierarquia, tiveram acesso depois. Então, eu tive uma vista de primeira mão, foi uma experiência bem privilegiada, eu gostei muito!
[00:16:43]
André: E que causou impacto no dia a dia de todo mundo ali, então assim, faz diferença no nosso dia a dia de trabalho, para todos os níveis hierárquicos que, apesar de que dentro de uma startup como a nossa assim a gente sabe como é que a Alana trabalha com autonomia e um papel de cada um super bem definido.
Então, e aí voltando um pouco, inclusive no comentário que a Juliana trouxe, que é a questão do, você trouxe né, “eu aprendi aqui algo que provavelmente, nesse mesmo período, eu não aprenderia em anos na corporação”, e aí eu queria entender, eu vou começar agora com você Robert, assim, essa questão do modelo de startup, do modelo de organização, organizacional não só da gestão, das suas metodologias, por que você acha que isso influencia bastante para que você tenha esse desenvolvimento e essa desenvoltura que você está, e essa satisfação que você está trazendo dentro dos seus seus argumentos e da sua declaração? Por que você acha que isso faz diferença?
[00:17:43]
Robert: Bom, isso faz a diferença, é que eu acho que é uma pergunta muito ampla, quando a gente fala de um modelo de organização porque a gente pode estar falando de uma metodologia, a gente pode estar falando de níveis em que um trabalho é encaminhado, mas eu sinto que, e aí retomando o que a gente falou no início, a gente recebe uma carga de autonomia, que assim, em um cenário comparativo, um estagiário não receberia, a gente tem a capacidade de fazer algumas escolhas, de tomar alguns projetos como nossos inclusive, a gente tem a possibilidade de atuar diretamente em cima de um tema e de uma coisa que, na verdade, apura responsabilidade.
Então acho que essas questões fazem muita diferença porque elas projetam para a gente a maneira como a gente pode trabalhar dentro da empresa.
É a maneira como a gente pode fazer um trabalho alinhado a uma cultura e também seguindo um modelo de trabalho que funciona e é regido através de performance.
Então, eu acho que faz toda a diferença e eu acho que é o que possibilita, assim, conforme a gente vai chegando com novas estratégias, com novos métodos, eu sinto que todos os níveis de trabalho são impactados positivamente ou negativamente, neste caso, positivamente.
[00:19:11]
André: Legal, legal e eu passo para você agora Ju, para você falar um pouquinho sobre esse modelo porque impacta, acho que isso a resposta pode ser que caminhe bem próxima do Robert, mas eu queria entender seu a sua visão de como é que isso, o que foram os gatilhos que fizeram a ser dizer isso no começo do nosso papo, “o que estou aprendendo aqui em seis meses, um ano, eu não aprenderia em três anos numa corporação”.
[00:19:34]
Juliana: Sim, como a gente sabe, a cultura de uma startup é muito específica, as coisas realmente acontecem muito rápido, o Robert mesmo ele passou muito mais por isso do que eu, como sou da área técnica, eu tenho duas opções: ou eu fico na área de pesquisa ou de desenvolvimento, e eu já estou passando pelas duas.
Só que o que me chamou muita atenção é que quando entrei mesmo dentro da startup, dentro da Alana, eu tive que aprender coisas muito rápido, extremamente rápido, em seis meses ou menos eu já tinha que ter pelo menos o básico de Python. Então, claro, escolhi estar ali, mas dali para frente foi algo que foi construído junto com a empresa. Isso foi fantástico, porque eu não estudei só Python, eu estudei várias bibliotecas, ferramentas diferentes, tudo isso para me capacitar o mais rápido possível, acredito que esse foco é me capacitar o mais rápido possível para mim mesma como pessoa, como profissional, mas para poder desenvolver para a empresa, então isso foi o que me instigou mesmo a dizer isso, porque a gente sabe que em empresas corporativas, como você mesmo falou, a gente recebe um projeto, fica naquele projeto, terminou projeto, mas e aí?
Acredito que aí entra a autonomia, que é muito forte, principalmente na Alana, terminei um projeto, então eu vou fazer alguma coisa, eu busco fazer alguma coisa, nosso tempo não está ali vazio. Então isso é bem interessante.
[00:21:09]
Robert: E né, quando a gente quer que uma empresa toda seja ágil, acho que é cobrado agilidade dos colaboradores também, eu acho que é isso.
Juliana: Com certeza.
[00:21:16]
Andre: E vai dentro do da discussão que gente teve mais cedo também no outro fireside chat de acompanhar o alto, a velocidade de desenvolvimento de uma scale up, então a gente está crescendo, o negócio pede isso, a evolução, o mercado pede isso, a competitividade pede isso, mas como os colaboradores acompanham o ritmo da startup, os colaboradores, independentemente do nível, a gente estava falando e liderança agora no outro papo com os líderes, agora a gente está falando com estagiários, e é o mesmo ritmo, é a mesma coisa em determinadas proporções, mas a mesma coisa a acompanhar o ritmo de desenvolvimento da startup para que você esteja parte desse plano e consiga se desenvolver junto com uma companhia.
Então eu acho bem interessante, e para a gente fechar o nosso papo, acho interessante que vocês conseguirem me trazer um cenário de, não sei se vocês vão conseguir porque falar de futuro sempre é muito difícil, mas como vocês se imaginam, sempre aquele, não quero fazer aquela pergunta de RH “como você se vê daqui cinco anos”, mas vendo a trajetória de vocês até aqui, numa startup, começando como estágio, esse é o modelo que vocês querem seguir, é seguir carreira em startup, é empreender um dia, depois sair para a área acadêmica, enfim, existem universos de possibilidades, começo com você Ju.
[00:22:41]
Juliana: Nossa essa pergunta bem complicada, a gente fica pensando no nosso próprio futuro. Acredito que a médio prazo, eu penso em focar em um mestrado, claro, porque bom, mestrado obrigatório hoje em dia praticamente, pretendo sim continuar dentro de uma startup, por enquanto, mas como objetivo a longo prazo, eu viso provavelmente, trabalhar em alguma multinacional.
Até porque o meu trabalho em específico que é trabalhar com linguística computacional, processamento de linguagem natural, não é algo que a gente encontra com facilidade aqui no Brasil, tanto é que a Alana é uma das únicas startups, empresas que trabalham com o processamento de linguagem natural. No mercado exterior isso já está muito disseminado, principalmente à valorização da linguística dentro da tecnologia.
Então eu tenho, esse é meu objetivo, tenho isso comigo, como o meu foco mesmo de profissão daqui 20 anos.
[00:23:43]
André: Legal, legal. Bom saber que você tem essa determinação, porque eu não tinha.
Juliana: É bom, é bom, quero chegar no meus 30 anos sendo alguém.
André: E você Robert, o que você imagina?
[00:23:53]
Robert: Antes eu imaginava que eu só poderia trabalhar sendo um professor, eu acho que talvez fosse um horizonte fechado devido ao meu curso, em detrimento ao meu curso, e o tipo de formação que eu decidi seguir. Mas hoje, pensando na minha trajetória dentro da empresa e pensando em como eu sinto que alguns conhecimentos e algumas capacidades minhas muito específicas, foram valorizadas, eu sinto que hoje eu me enxergo em um cargo que exigisse qualquer tipo de liderança.
Eu, está sendo bem abrangente, está sendo bem amplo e bem geralzão, nada muito específico, mas hoje eu penso que eu gostaria de trabalhar em um ambiente em que eu pudesse ser um tipo de horizonte, que pudesse ser um tipo de liderança inteligente e altamente capacitada com um conhecimento muito específico que eu consegui adquirir e produzir ao longo do tempo, porque eu sinto que isso é valorizado inclusive dentro de uma startup.
Eu sinto que a gente não está procurando mais do mesmo, eu sinto que a gente está procurando assim, pontos emergentes, a gente está procurando, talentos, novos olhares, então talvez seja um cenário em que eu me enxergue, eu sei que eu quero ser um líder, uma referência.
[00:25:21]
André: Acho que está super alinhada com a cultura de startup que procura sempre líderes que resolvam problemas e proponham soluções, independentemente da área, de qual, se é técnico, não técnico, eu acho que também alinhado, nem é tão amplo assim, como você trouxe, acho que tem um direcionamento sim de carreira e de objetivo. Queria agradecer a vocês por esse papo, foi curtinho, mas foi super legal. Parabéns pela trajetória de vocês, eu acho que para quem está assistindo vale a oportunidade de pesquisar mais sobre isso, sobre estagiar em startups, sobre o ecossistema, sobre como é desafiador e como é interessante você entender esse universo que foge um pouco daquele que você ouve dentro de casa, “meu filho está fazendo faculdade, agora vai prestar o processo seletivo da empresa tal porque eu sempre sonhei que meu filho trabalhasse no Google”, enfim! Como é que você vai seguir essas escolhas, e a gente tem boas referências dos estagiários aqui da Alana, que entregam com autonomia, com felicidade, com muita competência. Obrigado por vocês, têm acompanhado com a gente, até o próximo fireside chat!