#11 AI & Humanos pelo Futuro
Olá, sejam bem-vindos a mais um episódio do Inside Alana Podcast. Eu sou André Calvente, Marketing Manager da Alana AI. Nos cinco episódios desta nova temporada, nós vamos falar sobre como diferentes setores estão usando a inteligência artificial como aliada do trabalho humano, e como isso está impactando a jornada do consumidor e os negócios em cada um deles. Então, sejam bem-vindos!
Nesse episódio, nós vamos ter um papo um pouco mais futurista e abordar como a Inteligência Artificial pode dar vida aos grandes projetos futuros da humanidade.
Alguns assuntos parecem ser tirados da ficção científica, como a imortalidade, tecnologias que se mesclam com o corpo humano, cidades ultraconectadas e colônias humanas em outros planetas. Mas por mais fantasiosas que essas ideias pareçam, cientistas já estudam como a inteligência artificial pode um dia ser aplicada a esses grandes projetos da espécie humana.
O avanço exponencial da tecnologia, incluindo a inteligência artificial, tem feito com que nós, humanos, repensemos o nosso papel no mundo digital. Como a gente viu nos episódios anteriores, nós estamos vivendo mudanças profundas na economia, no mercado de trabalho, na educação e na saúde, por conta da tecnologia.
O filósofo Yuval Noah Harari, autor dos best sellers Homo Deus e Sapiens: uma breve história da humanidade, descreve que vivemos na era do Dataísmo, um novo sistema político, social e quase religioso que faz com que todas as atividades humanas sejam regidas por dados e tecnologia.
Esse sistema de crenças emergente, somado à inteligência artificial, vai fazer com que humanos e robôs sejam aliados na construção desse futuro da ficção científica.
A gente tem até alguns exemplos de como a AI pode ajudar a viabilizar alguns planos bastante ambiciosos da humanidade. Quando falamos da ocupação de outros planetas por humanos, por exemplo, é um esforço que exige o desenvolvimento simultâneo de muitas tecnologias, mas que também tem a inteligência artificial como vetor.
Depois de quase 40 anos usando o mesmo traje espacial, a NASA desenvolveu uma roupa nova para astronautas chamada Extravehicular Mobility Unit, ou xEMU. Esse traje foi criado com uma inteligência artificial do tipo generative adversarial networks, que basicamente incentivam algoritmos de machine learning a criar componentes de design otimizados de acordo com o tamanho, temperatura e pesos estipulados pelo engenheiro.
Esse traje foi pensado para levar astronautas americanos de volta à lua em 2024, um projeto que á parte de um plano mais amplo para estabelecer uma presença humana permanente na superfície lunar. O sistema de Inteligência artificial embutido na roupa, ele faz o gerenciamento automático de energia, comunicação, temperatura e o volume de oxigênio na roupa. Assim, os astronautas, ou novos moradores da lua, poderão se concentrar em tarefas mais importantes em vez de ficar regulando tudo isso manualmente.
Dentro dessa lógica futurista que mencionamos, vemos que humanos também cada vez mais tentam mesclar partes orgânicas do seu corpo com tecnologias inteligentes.
Recentemente, nós tivemos um caso que repercutiu bastante, da Neuralink, empresa do multimilionário Elon Musk, que propõe o uso de implantes cerebrais em humanos para o tratamento de doenças como depressão e perda de memória, conectando redes neurais humanas a redes neurais artificiais. É uma tecnologia que está sendo testada em porcos e que gera bastante controvérsia entre neurocientistas, mas que exemplifica bem essa ideia de que partes do corpo humano podem servir de interface com algoritmos de aprendizado de máquina.
Agora eu te pergunto: será que no futuro humanos serão mais parecidos com ciborgues? Nessa linha de tornar os humanos seres tecnológicos, há também uma discussão sobre até que ponto a inteligência artificial poderia ajudar humanos a se tornarem “imortais”. Hoje já existem algumas startups e empreendedores que propõem sistemas inteligentes que possam mapear o cérebro humano detalhadamente e transferir os “dados” do cérebro de um humano para uma espécie de hardware ou software depois que ele morrer.
Tudo isso não passa de teoria, mas é interessante ver projetos que levam essa ideia a sério. Uma startup americana chamada Luka criou um sistema que permite às pessoas conversar com um chatbot que simula a personalidade de uma pessoa falecida. A fundadora da startup construiu o bot com dados de conversas, padrões de personalidade e fala de um amigo falecido, chamado Roman Mazurenko. Ela então batizou o bot de Romanbot. Com machine learning e novos dados adquiridos sobre o Roman verdadeiro, o bot vai amadurecendo e aperfeiçoando a imitação dele com cada interação.
Esse bot é parte de um campo maior de estudo chamado “eternidade aumentada”, onde cientistas e desenvolvedores buscam entender como a mente humana poderia ser baixada, recriada ou transferida para outros formatos, com a ajuda de inteligência artificial.
Mas ok, mesmo que as máquinas não sejam capazes de nos tornar imortais, com certeza vão fazer com que a gente viva muito mais. Algoritmos de machine learning já vem sendo muito usados na medicina genética. Eles são capazes de comparar dados individuais das pessoas com dados de seus familiares e da população em geral, considerando fatores de saúde específicos. Com isso, vamos cada vez mais conseguir identificar fatores de risco e o estilo de vida ideal para cada pessoa, o que por consequência vai fazer com que vivamos muito mais.
Inclusive, vale ouvir o nosso episódio sobre saúde para entender mais sobre como a AI está sendo usada nessa área. É o primeiro dessa segunda temporada.
Mas agora, quando a gente fala do papel da inteligência artificial no futuro, também não podemos deixar de pensar nas cidades inteligentes e hiperconectadas, que aparecem na ficção científica, como em Blade Runner e outros filmes.
Essa conectividade em massa, que aparece em cenas de prédios, carros e estradas conectadas, na verdade é uma representação amplificada da internet das coisas, a internet of things. Ela já existe em uma escala bem menor, conectando sensores domésticos, wearables e outros objetos embarcados com inteligência artificial.
A tendência é que a internet das coisas fique cada vez mais sofisticada com o avanço da inteligência artificial. Por exemplo, os carros autônomos só fazem sentido com a Internet das Coisas para ativar sensores, com modelos preditivos de AI para tomar as decisões dos veículos, e com redes de blockchain, para resolver problemas de segurança.
É, realmente é isso mesmo que você está pensando! São muitas as variáveis e riscos envolvidos para o funcionamento de uma cidade inteligente. Talvez seja por isso que as empresas envolvidas em projetos de cidades como essas estejam tomando tanta cautela nos experimentos na área.
A Toyota, por exemplo, anunciou que vai construir uma vila específica para o teste de tecnologias autônomas. Chamada “Woven City”, a cidade vai ser construída na base do Monte Fuji, no Japão, ocupando 70 hectares. Lá vão ser testadas fontes de energia com células de hidrogênio, carros autônomos e outras funções de inteligência artificial aplicadas à mobilidade e cidades.
Já o Google estava tocando um projeto chamado Sidewalk Labs, em Toronto, uma vila inteligente onde a empresa testava tecnologias como semáforos inteligentes e outras tecnologias urbanas envolvendo algoritmos variados de aprendizado de máquina, visão computacional e reconhecimento de imagem.
Eu achei incrível esse projeto. Então a tendência é que a gente realmente passe a viver em cidades super conectadas, tenha nosso corpo cada vez mais integrado à tecnologia e se aproxime cada vez mais desse imaginário da ficção científica.
Parece um futuro muito fascinante, né, pra muita gente, mas fico pensando nos riscos que essas tecnologias futuristas podem trazer. Afinal, vamos ter muito mais sistemas conectados e dados sendo trocados. No último panorama estabelecido pelo Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial, especialistas classificaram fraudes e ataques cibernéticos como um dos grandes males do futuro.
Com isso, empresas envolvidas no desenvolvimento de inteligência artificial vão ter que prestar muita atenção em aspectos como cibersegurança e proteção de dados, até mais do que hoje em dia.
Mas esse futuro que eu estou falando ainda está muito distante, né, e enquanto isso a comunidade científica e empresas de inteligência artificial vão dando passos pequenos em direção a esse futuro. É como disse Neil Armstrong quando pisou na Lua: pequenos passos para o homem podem ser grandes passos para a humanidade.
Bom, e enquanto esse cenário futurista não chega, eu recomendo que você, ouvinte, escute os episódios anteriores do Inside Alana Podcast e descubra como a AI já está impactando negócios e o dia a dia das pessoas. Os episódios são bem rapidinhos e dão uma ideia do impacto de AI em um futuro mais próximo.
Com isso, estamos chegando aqui ao final dessa temporada do Inside Alana Podcast. Obrigado à você que ouviu todos os episódios, ou pelo menos esse aqui! Se você gostou, compartilhe com seus amigos e colegas de trabalho. Se quiser saber mais sobre o universo da Inteligência Artificial, acesse nosso blog e baixe nosso e-Book também sobre o tema.
Se quer saber mais sobre como a Inteligência Artificial está impactando processos de marketing e atendimento ao consumidor, acesse também o nosso site da alana.ai e descubra como otimizar times de marketing com as nossas ferramentas. E, claro, continue acompanhando as novidades da Alana nas redes sociais. Obrigado e até a próxima!