Temporada 02 | Episódio 04

AI & Humanos pelo Planeta

Um pouco sobre como a inteligência artificial pode nos ajudar a cuidar melhor do planeta, pensando em sustentabilidade.

#10 AI & Humanos pelo Planeta

Olá, sejam bem-vindos a mais um episódio do Inside Alana Podcast. Eu sou André Calvente, Marketing Manager da Alana AI. Nos cinco episódios desta nova temporada, nós vamos falar sobre como diferentes setores estão usando a inteligência artificial como aliada do trabalho humano, e como isso está impactando a jornada do consumidor e os negócios em cada um deles. Então, sejam bem-vindos!

Neste episódio, nós vamos conversar sobre como tecnologias com AI podem ajudar humanos a cuidar melhor do planeta, em áreas como sustentabilidade e meio ambiente.

A humanidade enfrenta desafios como o aumento da população, do consumo mundial e projeções pessimistas ligadas ao aquecimento global. Para reverter os efeitos negativos do impacto humano na Terra, nós precisamos promover uma mudança sem precedentes nos modelos de produção e consumo, e isso passa pela tecnologia.

É um desafio, né? Repensar a economia industrial que foi construída ao longo dos séculos pode ser bem difícil, mas a inteligência Artificial pode trazer novas abordagens para problemas que já conhecemos e acelerar a mudança para um futuro mais sustentável.

Nós já falamos sobre os conceitos da Inteligência Artificial nos primeiros episódios do Inside Alana Podcast, que por sinal você deveria ouvir, mas, basicamente, a AI ajuda a resolver problemas através de algoritmos que fazem o reconhecimento de padrões, previsões e recomendações baseadas em dados numéricos, imagens, vídeos, texto e muitas outras fontes de informação.

Com essas habilidades em mente, cientistas e startups já estão desenvolvendo e aplicando várias soluções inteligentes em prol do planeta, para resolver diversos problemas ambientais.

É isso mesmo. A Inteligência Artificial pode ser utilizada, por exemplo, para projetar novos produtos e materiais que sejam mais sustentáveis e que possam ser descartados seguindo a lógica da economia circular. Hoje já existem algoritmos de machine learning que fazem o desenho, prototipagem e teste de materiais de forma autônoma.

Um desses projetos é o Accelerated Metallurgy, ou “Metalurgia Acelerada”, conduzido pela Agência Espacial Europeia junto com um grupo de fabricantes, universidades e designers. Eles usaram a inteligência artificial para produzir e testar novas ligas metálicas, que podem substituir produtos químicos danosos pro meio ambiente e materiais que são menos duráveis.

E falando um pouco mais sobre essa economia circular. Um dos argumentos dos especialistas é de que esse modelo pode diminuir o impacto ambiental das cadeias produtivas em muitos setores. Não por acaso, muitas empresas estão criando modelos de negócios mais sustentáveis totalmente baseados em dados e algoritmos de machine learning.

Se a gente for pensar, o Waze pode ser um exemplo de um dos primeiros serviços de massa que, mesmo que de forma indireta, usa AI em prol de um ideal sustentável. Afinal, o aplicativo nada mais é do que uma ferramenta de machine learning, que usa dados de trânsito em tempo real para diminuir congestionamento nas cidades e melhorar a mobilidade. Consequentemente também reduz a emissão de gases na atmosfera.

Há também muitos outros exemplos emergentes de empresas que estão usando modelos de produto como serviço, ou seja, dando ênfase aos serviços por assinatura ou de aluguel, em vez de fazer com que consumidores comprem e eventualmente descartem os produtos.

Isso é muito legal, mas não é só isso, viu? Empresas têm combinado dados históricos e em tempo real sobre usuários e produtos para prever qual será a demanda por um determinado produto, e assim evitar desperdícios na cadeia produtiva e fazer o manejo mais sustentável do inventário.

Enquanto isso, outras empresas estão usando inteligência artificial para melhorar sua infraestrutura de logística reversa, ou seja, melhorar a separação e descarte de materiais, fazer a reciclagem de componentes e produtos.

E quando a gente fala de manejo de resíduos, então, a inteligência artificial, ela pode ajudar a coletar dados e rastrear se o lixo está tendo o destino correto, por exemplo. Uma empresa finlandesa chamada ZenRobotics, usa câmeras e sensores inteligentes para identificar o tipo de lixo nos depósitos. Eles então vão lá e transmitem essas informações para os robôs, que coletam o lixo na esteira para que eles façam a separação correta para a reciclagem. Esses robôs atingem um nível de acurácia de 98% na hora de separar materiais como plástico, materiais de construção e outros materiais.

Isso é muito interessante! É muito legal pensar que a AI pode trazer mais eficiência na reutilização, nos reparos, na refabricação e na reciclagem dos produtos. Pensando em todas essas aplicações que a gente citou até agora, a gente pode imaginar um futuro no qual aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e veículos poderiam ser adquiridos por aluguel e devolvidos para revenda, ou seja, então refabricados para que praticamente nenhum material bruto precise ser extraído do solo.

Seria muito bom, né? Até agora a gente falou de como os modelos de produção e de consumo são responsáveis por problemas ambientais. Mas a verdade é que a inteligência artificial está indo muito além, ela está sendo usada também para cuidar da fauna e da flora em diversas regiões.

A nossa querida Microsoft, do Bill Gates, por exemplo, usa suas ferramentas de inteligência artificial para monitorar animais em extinção ao redor do mundo. É, pois é. Então, elas estão usando câmeras de reconhecimento facial para identificar e rastrear animais como leões, onças e elefantes, monitorando suas populações e suas migrações. Também estão usando modelos de robótica e sensoriamento remoto de aprendizado de máquina para avaliar informações sobre a saúde e tamanho de baleias, por exemplo.

A AI pode ser usada até em habitats mais remotos e difíceis de monitorar, como a Antártida. Lá, a Inteligência artificial está sendo usada para monitorar as populações de pinguins. Funciona assim, funciona mais ou menos assim: um modelo de visão computacional procura manchas em imagens de satélite, informa os algoritmos e eles então geram as estimativas populacionais.

Muito legal, né!? Quando vemos esses exemplos, é fácil achar que a tecnologia ainda está muito distante, mas na verdade já é aplicada inclusive em países em desenvolvimento como o Brasil. Aqui, o INPE, (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), vem usando uma rede neural para mapear  a cobertura florestal e a evolução do desmatamento na Mata Atlântica.

Eles pegam imagens de resolução super alta obtidas por satélites e comparam com fotografias aéreas tiradas desde a década de 60, através de um algoritmo que identifica árvores e objetos específicos. Basicamente, essa ferramenta reproduz o que o olho humano faz, mas em uma escala incomparavelmente melhor, pois o sistema mapeia milhões de objetos nas imagens.

Em outras partes do mundo, outros projetos combinam algoritmos e imagens de satélite para detectar detritos e plásticos nos oceanos e o ritmo de derretimento de geleiras, por exemplo

Como é incrível, né, pensar que a inteligência artificial pode nos ajudar a acompanhar esses fatores ambientais em tempo real. Mas, outro fator muito importante para a relação dos humanos com o meio ambiente é a cadeia de produção de alimentos, que é uma das principais responsáveis pelo desperdício de recursos e desmatamento hoje em dia. E a AI pode ajudar e muito a otimizar essa cadeia.

Comida é um desafio muito grande, né? Tem um dado da ONU que estima que até 2050 haverá 9,7 bilhões de pessoas na terra, e o desafio vai ser abastecer toda essa galera, garantir que as pessoas tenham acesso e evitar o desperdício de comida.

E é aí que a AI entra, ajudando a redesenhar como a comida é produzida e distribuída pelo mundo. De acordo com a McKinsey & Company, a inteligência artificial pode gerar uma oportunidade econômica de US$ 127 bilhões no mercado de alimentação até 2030.

Já existem uma série de empresas e startups que estão usando algoritmos e machine learning para otimizar a agricultura, criar novos alimentos sintéticos e melhorar a logística na cadeia de alimentos. Algumas startups, como a brasileira Indigo e as americanas Concentric e Pivot Bio, estão usando inteligência artificial para identificar micróbios que podem ser usados no cultivo de alimentos específicos, e assim evitar o uso de fertilizantes sintéticos.

Outras aplicações incluem reconhecimento de imagem para determinar quando frutas estão prontas para a colheita, modelos preditivos que simulam resultados agrícolas em diferentes condições climáticas e até sistemas que otimizam o supply chain de alimentos perecíveis, de acordo com a demanda.

Outra inovação que está sendo gerada pela AI, que me veio aqui agora, são as famosas comidas criadas em laboratório, como os hambúrgueres que imitam carne que estão na moda. Uma das empresas que trabalham com isso é a NotCo, do Chile, que cria alimentos à base de planta que se propõem a substituir alimentos de origem animal.

Eles usam um algoritmo de machine learning para detectar padrões de moléculas de alimentos e criar fórmulas que simulem os mesmos sabores. Os cientistas então testam e experimentam essas fórmulas novas e dão feedback para os algoritmos, para que o produto final tenha o sabor mais parecido possível com a comida original.

Dá vontade de experimentar, né? A gente viu que tem muitas aplicações interessantes em prol do planeta e do meio ambiente, né?

Mas temos um ponto importante: para que sejam desenvolvidas e aplicadas soluções de machine learning, cientistas precisam ter acesso a bancos de dado de muita qualidade e acesso a bons times de engenharia e desenvolvimento de algoritmos.

Além disso, a adoção de inteligência artificial em benefício do planeta não pode ser feita por apenas algumas poucas empresas, pesquisadores e governos. A AI precisa conectar toda a cadeia de valor da indústria e uma rede de parceiros para que possa realmente ter um impacto positivo massivo. Para isso, é necessário muita transparência, acesso fácil a dados e muita colaboração.

São muitos agentes envolvidos no desenvolvimento e adoção da inteligência artificial. Pra quem tem curiosidade de saber mais sobre como os dados alimentam as máquinas para que elas aprendam e gerem soluções, minha dica é ouvir os episódios da primeira temporada do Inside Alana Podcast, que traz alguns conceitos básicos de inteligência artificial.

A gente já está chegando ao final desse episódio, então obrigado à você que esteve aqui comigo. Se você gostou, compartilhe com seus amigos e colegas de trabalho. E se quiser saber mais sobre o universo da Inteligência Artificial, acesse nosso blog e baixe nosso e-Book sobre o tema. E claro, continue acompanhando o Inside Alana Podcast.

O próximo episódio é sobre AI & Humanos pelo Futuro! Se eu fosse você, eu não perdia. Obrigado e até a próxima!

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